Arquirrivais na guerra pelo comando do tráfico na Rocinha, a maior favela carioca, Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, e Antônio Bonfim Lopes, o Nem, voltarão a ocupar o mesmo território. Em decisão tomada na terça-feira (15), a 20ª Vara Criminal do Rio de Janeiro determinou que Rogério, preso em Bangu, seja transferido para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, mesma unidade onde Nem se encontra desde 2011.
Rogério 157 era o bandido mais procurado do Rio de Janeiro, com recompensa estipulada em R$ 50 mil. Ele foi preso em dezembro na comunidade do Arará, na Zona Norte do Rio, após quase três meses de intensas buscas pelo seu paradeiro.
Rogério 157 e Nem, que disputam o controle do tráfico de drogas na Rocinha, ficarão presos na mesma penitenciária (Foto: Reprodução/ TV Globo) Rogério 157 e Nem, que disputam o controle do tráfico de drogas na Rocinha, ficarão presos na mesma penitenciária (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Rogério 157 e Nem, que disputam o controle do tráfico de drogas na Rocinha, ficarão presos na mesma penitenciária (Foto: Reprodução/ TV Globo).
Atualmente, Rogério está na Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, Bangu 1, unidade de segurança máxima no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Ainda não há data prevista para ele ser transferido.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a transferência de Rogério 157 para um presídio federal foi solicitada pela Secretaria de Segurança. A indicação do presídio de Porto Velho, no entanto, foi feita pelo Departamento Nacional Penitenciário (Depen). A transferência foi deferida pelo juiz corregedor federal que encaminhou a decisão para ser ratificada pelo juízo da 20ª Vara Criminal.
Antes parceiros de crime, Rogério e Nem se tornaram rivais e foram os pivôs da guerra que o Rio viu surgir na Rocinha em setembro do ano passado, durante o primeiro final de semana do Rock in Rio.
Dissidente do bando de Nem, o Amigos dos Amigos (ADA), Rogério se aliou ao Comando Vermelho (CV) e passou a contar com o apoio da facção para a guerra.
A batalha sangrenta entre os grupos de cada um levou à realização de operações de segurança quase diárias, com o reforço das forças militares de segurança.
Fonte: G1