Todos sabemos que a carga tributária do nosso país é uma das mais altas do mundo, o que afeta negativamente a todas as pessoas e empresas. Alguém poderá dizer: não há nada a fazer até que o governo decida mudar as leis. Isso não é verdade, como comprovaremos abaixo:
No mês de outubro/17 analisei os balanços de 2016 de uma expressiva estatal, de um dos maiores grupos privados nacionais e três multinacionais, todas elas grandes empresas, conforme ranking da revista Exame.
Examinando os números, constatei uma grande discrepância entre a performance de cada uma delas, no quesito “carga tributária”. Pois saiba que não existe relação alguma entre elas, ou seja, o que cada uma pagou de imposto de renda e contribuição social não tem nada a ver com o seu tamanho, nem com o ramo em que operam.
Para surpresa minha, constatei que a empresa que menos pagou imposto de renda e contribuição social foi justamente a que teve o maior faturamento de todas! (I. Renda e C. Social em proporção à receita anual). E note-se que a segunda maior empresa tinha uma receita equivalente a aproximadamente 50% da maior empresa. Repetindo: todas as demais empresas pagaram mais imposto de renda e contribuição social (proporcionalmente) do que a maior de todas!
Como explicar esse fato? Como justificar tais números? Lembre-se que todas as empresas foram auditadas por auditores externos e seus balanços devidamente certificados, além de acompanhados de minuciosas notas explicativas!
Creio que as principais razões desse surpreendente resultado foi: 1.-Empresas organizadas e eficientemente administradas fazem invariavelmente um “Planejamento Tributário” anual, o qual é acompanhado sistematicamente; 2.-Elas investem na contratação de pessoas especializadas, capacitadas e experientes na área tributária, as quais são envolvidas nas operações regulares, novos investimentos, abertura de filiais e criação de novas empresas etc. Ou seja, elas conseguiram esses resultados não pela sonegação de impostos e sim pelo profissionalismo de seus colaboradores.
A empresa que ficou em 1º. Lugar faturou mais de R$ 140 bilhões e pagou I Renda e C. Social de apenas 0,52% da receita; a que ficou em 2º. Lugar faturou mais R$ 50 bilhões e pagou I Renda de 0,86%; e a que ficou em 3º. Lugar faturou mais de R$ 30 bilhões e pagou I Renda de 0,96%.
Espero que você – empresário ou administrador – se sensibilize para esses números e conclua que há hoje oportunidades reais de economias tributárias significativas, para aqueles que possuem um quadro competente de profissionais na área tributária. Eu creio nisso e recomendo que você faça isso e logo ! ! !
Texto: Humberto Lago/Consultor Empresarial
