Na minha atividade profissional tenho contato frequente com diretores de diversas empresas, os quais possuem diferentes estilos de gestão, ênfases operacionais, estratégias e resultados financeiros.
Alguns são de empresas familiares; outros não. Como você definiria um “executivo exemplar”; aquele que possui virtudes acima da média; aquele que produz resultados superiores, mesmo durante as crises e incertezas; aquele que você gostaria de ter como seu referencial pessoal?
Na nossa cidade há um: jovem, trabalhador, inteligente, criativo, rápido na tomada de decisões, obcecado pela redução de custos e despesas, conservador e ao mesmo tempo agressivo, afastado da classe política e de empréstimos subsidiados, cercado de pessoas com perfil bem semelhante ao seu.
Um bom executivo precisa ser humilde e reconhecer suas limitações. Há alguns meses conversávamos sobre os negócios da firma e ele me pediu que lhe ensinasse a ler e a interpretar os balanços das empresas, pois queria certificar-se de que a contabilidade expressava nossa solidez financeira da firma e a lucratividade das vendas. (Ah isso é tão raro de ver ! )
Trabalha com planejamento e controla as operações mediante relatórios gerenciais. Dá uma atenção especial ao fluxo de caixa. Ele exige relatórios mensais nos primeiros dias do mês subsequente e os lê e analisa atentamente. Com frequência ele encontra incorreções as quais são prontamente corridas.
É focado nos negócios e orientado para resultados. Quando o mercado sofre quedas substanciais, ele é rápido na adequação da estrutura da empresa aos novos níveis de vendas, mesmo que isso implique na dolorosa demissão de pessoas. Ao analisar os resultados da firma, procura comparar nossos principais indicadores econômico financeiros com os obtidos pelas melhores empresas do país. Ou seja, ele quer estar sempre entre os melhores, sejam eles multinacionais, grupos privados locais, estatais…
Constantemente ele viaja para as diversas unidades de negócio, pois quer ver “in loco” as pessoas, o atendimento dado aos clientes, conhecer os problemas existentes, a atuação dos concorrentes, conversa tanto com a alta gerência tanto quanto com os principais clientes. Identifica e resolve os problemas com rapidez. Tem uma energia incrível, ama o que faz, tem uma obsessão por crescimento, pelo aumento da lucratividade, não abre mão de uma robusta liquidez financeira, investe os resultados anuais nos atuais e novos negócios, de forma sistemática.
E quanto às férias? Ah, Isso não está entre suas prioridades. Por fim preocupa-se com a continuidade dos negócios, a formação de líderes, manter uma visão realista do mercado. Espero que você – Empresário ou Administrador – que nos lê, procure enriquecer-se profissionalmente. Bons exemplos existem, são reais e às vezes estão bem mais próximos de nós do que imaginamos!
Texto: Humberto Lago/Consultor Empresarial