Em carta aberta à comunidade, os trabalhadores em educação que estão em greve em Vilhena e demais regiões do Cone Sul, denunciaram o governador Confúcio Moura.
Segundo o documento, que também circula nas redes sociais, Moura não cumpriu as promessas feitas à classe em relação ao Plano Estadual de Educação (PEE), Lei 3.565/2015, conhecida como Meta 17. “A política educacional é fruto do descaso dos maus governantes”, relata o documento.
Dirigido também aos pais e alunos, a carta alerta que, o estado de greve, tem sido o único instrumento para fazer frente aos desmandos e descasos dos governantes rondonienses.
Os salários abaixo do piso nacional, segundo os denunciantes, “é apenas mais uma demonstração do descaso com a classe”.
Uma tabela elaborada pelos profissionais em greve, revela que os salários dos trabalhadores rondonienses estão extremamente desfasados em relação a estados como Mato Grosso do Sul, Maranhão, Goiás, Minas Gerais e Santa Catarina.
Segundo os dados levantados, enquanto um professor do Ensino Médio com carga horária de 40 horas ganha R$ 3.593, 48 no estado do Mato Grosso do Sul, o professor de Rondônia recebe pelo mesmo trabalho R$ 1.451,18, resultando numa defasagem líquida de R$ 2.142.30.
O documento revela grandes decepções com a carreira do magistério. Lembra que a categoria é alvo de uma política remuneratória que amarga baixos salários, tendo uma longa vida de trabalho sem compensações. “Após 25 anos de serviços prestados, o salário do profissional se equipara ao início da carreira”.
Para quem ainda está na ativa, a carta denuncia uma política opressora imposta pelo estado. “O aumento de número de aulas semanais, de 27 para 32, condicionadas à gratificação, representa uma política opressora do governo. Ressalta-se que esse benefício é pago para quem está pleno exercício, sendo uma política excludente, deixando de fora os aposentados, readaptados, licenciados por outros motivos também não recebem”.
A carta denuncia a grande quantidade de projetos implantados pelo governo Confúcio com gastos elevados, mas sem nenhum resultado prático. “Esperamos que o governo atenda nossas reivindicações e cumpra a lei”, finaliza o documento.
Nesta terça-feira (27), haverá mais manifestações no município. A partir das 8h, na sede do Sintero, servidores do Cone Sul estarão reunidos para uma grande passeata, que deve sair às ruas da cidade e terminar com protestos em frente ao prédio da Coordenadoria de Regional de Educação (CRE).
Fonte: Assessoria
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