O presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, deputado Hermínio Coelho (PSD), disse nesta quinta-feira (28.11), durante pronunciamento na Assembléia Itinerante realizada no município de Jarú, que o governo Confúcio Moura está inviabilizando o desenvolvimento, por se encontrar completamente infiltrado por “ratos”, e por pessoas descompromissadas com o bem.
Segundo ele, ao invés de trabalhar, o governador coloca a polícia para perseguir adversários políticos, enquanto membros do primeiro escalão estão comprando fazendas e postos de gasolina.
Ao responder ao discurso “inflamado” do advogado Tomás Correia , que contestou o “tom” das críticas direcionadas ao governador Confúcio Moura, o deputado Hermínio Coelho disse: “Se para ser educado, ter estudo, tenho que bajular vagabundo, eu prefiro ficar este peão, pois não quero este tipo de educação. Jamais vou defender políticos pilantras, que mentem e enganam o povo todo dia”, disse.
Em seguida, Hermínio afirmou que não foi eleito para puxar saco de governantes, e sim para defender o povo e contribuir para que o dinheiro público seja efetivamente bem aplicado. Acontece, observou o presidente da ALE, “que a roubalheira é grande nesse governo, e a coisa é tão grave que os detentos do Urso Branco, em comparação ao governador e seu cunhado, estão perdendo”.
Durante seu pronunciamento, Hermínio Coelho disse não temer investigações, mas admitiu sua preocupação quanto à forma como as coisas vem acontecendo no âmbito da Secretaria de Segurança, na gestão do secretário Marcelo Bessa, pois os adversários do Governo vêm sendo perseguidos, e isto as operações tem demonstrado.
“TRIO DO MAL”
Ao se dirigir ao ex-deputado Tomás Correia, o presidente da ALE, deputado Hermínio Coelho, disse que lamentavelmente o advogado tinha o hábito de defender gente ruim, e citou o caso da dívida do Beron, quando o ex-governador Valdir Raupp assumiu uma dívida maldita, e que hoje o povo continua pagando. Segundo ele, o Estado já pagou R$ 1 bilhão e 300 milhões e ainda continua devendo.
Agora, prosseguiu ele, “enquanto falta dinheiro para investimentos, para garantir um salário digno aos trabalhadores, o Confúcio Moura paga de mão beijada cerca de R$ 50 milhões de reais para o Expedito Junior, sendo que ele gasta R$ 20 milhões e o restante R$ 30 milhões, certamente ele faz o rateio”.
No seu entendimento, “fica demonstrado que o governador é um covarde, perverso, e é do mal, por ser indiferente ao sofrimento do povo. Pagar 50 milhões para o Expedito Junior pode ser considerado um assalto legalizado. E um assalto ao Estado. Tiraram dinheiro das sementes para atender milhares de agricultores, mas tem dinheiro para os acertos”, afirmou ele.
Continuando, afirmou que enquanto o Estado está “quebrado, tem gente exibindo gastos, como no caso do diretor de Obras, que recentemente comprou uma fazenda, agora é difícil entender, pois não demonstrava antes este enriquecimento. Por isto , declarou: ‘O Expedito Junior, o Valdir Raupp e o Confúcio Moura são a desgraça deste Estado’”.
Também declarou o presidente da ALE que enquanto o Raupp vive pousando de “gostosão, de presidente nacional do PMDB, nada de concreto acontece por aqui de melhorias, mas acontece que ele vive fazendo negociatas lá em Brasília, e as investigações estão em andamento”.
Ao final , mandou um recado ao Governo e a seus apoiadores: “Não vou mudar meu discurso. Não sou covarde para sugar Rondônia, tirar o básico do povo e ficar na cachaçada, nas viagens para Europa, e fazendo turismo. Eu nunca xinguei uma pessoa de bem e quando chamo alguém de vagabundo é porque sei de quem estou falando. Infelizmente temos que conviver com estas desgraças, esse trio do mal. Não estamos aqui para atrapalhar ninguém. Vamos fazer política de verdade, sem enganar o povo. É preciso que o Confúcio tire um bando de ratos que estão instalados no Governo. Não faço politicagem. O Judiciário deveria prender esse governador, o cunhado e suas irmãs”.
Texto: Paulo Ayres (Assessoria)
Foto: Extra de Rondônia