Exatamente as 23h30 desta quinta-feira, 23, foram lidas as setenças dos réus Ismael José da Silva e Diego de Sá Parente, que são primos e foram julgados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, cometidos contra a adolescente Jéssica Moreira Hernandes, de 17 anos, no final de abril de 2017, em Cerejeiras.

Após dois dias de julgamento assistidos pela imprensa, familiares, estagiários de direito e populares, que tiveram acesso ao plenário mediante distribuição de senhas, enfim o caso de repercussão nacional e que já passou por inúmeras reviravoltas, parece estar perto do fim.

Das 52 testemunhas arroladas no processo, foram ouvidas três alistadas pelo Ministério Público, cinco de defesa do réu Ismael e cinco de defesa de Diego.

Todas as testemunhas e o réu Ismael foram ouvidos no primeiro dia de audiência, ficando apenas Diego para o segundo dia, devido o avançar das horas.

O julgamento foi presidido pelo juiz Bruno Magalhães Ribeiro dos Santos e o júri popular foi composto por 5 homens e 1 mulher, sorteados entre 21 indicados.

Após inúmeras provas apresentadas pelo Ministério Público, que não foi à réplica, e apesar dos esforços dos advogados de defesa, os jurados julgaram separadamente cada réu, absolvendo Ismael do crime de homicídio triplamente qualificado e o condenando por ocultação de cadáver. Devido Ismael ser réu primário, a pena final foi estipulada em um ano de prisão em regime aberto. O réu poderá recorrer da sentença.

Já Diego foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado, sendo 18 anos pelo crime de homicídio triplamente qualificado e seus incisos e um ano pelo crime de ocultação de cadáver, tendo o benefício de recorrer da setença em liberdade, negado.

Texto e foto: Extra de Rondônia

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