A vice-prefeita de Vilhena, Maria José da Farmácia (PSDB), visitou a redação do Extra de Rondônia na manhã desta segunda-feira, 24. Ela esteve acompanhada do radialista Júlio César Silva.
Ambos comentaram a respeito do ofício enviado à Câmara Municipal pelo prefeito Eduardo Japonês (PV), solicitando alterações na lei “Ficha Limpa”.
O mandatário quer reduzir de 8 a 2 anos, as penas administrativas impostas aos ocupantes de cargos comissionados na prefeitura. Leia mais AQUI
Maria José disse que estava viajando e só tomou conhecimento do projeto quando chegou em Vilhena. De pronto, falou com o prefeito e deixou claro que não compactua com esse tipo de comportamento.
“Meu posicionamento é o mesmo de 2016, quando evitei que alteração semelhante seja aprovada na Câmara de Vilhena e eu era presidente. As leis devem ser cumpridas e não alteradas para favorecer ‘A’ ou ‘B’. Minha posição continua sendo a mesma e será sempre, ser transparente com os cidadãos”, observou.
Contudo, ela disse que a caneta é do prefeito e ele, por vontade própria, pode decidir sobre a questão. “Além do prefeito, o caso agora também está nas mãos dos vereadores. São eles que decidirão por conta e risco. A aprovação do projeto pode ser legal, mas é imoral perante a sociedade”, salientou.
COMPORTAMENTO IRRESPONSÁVEL E IMORAL
Por sua vez, o radialista Júlio César Silva, que apoiou Japonês na campanha eleitoral, se diz indignado com a situação e arrependido de ter ajudado.
“Eu acompanhei Japonês ao Cartório onde assinou compromisso de fazer uma gestão transparente, dentro da legalidade, evitando o nepotismo e colocando nos cargos na prefeitura pessoas que sejam limpos na vida pública. Agora, no cargo, Japonês mudou de pensamento. Quer alterar a lei para favorecer um desconhecido, um ‘forasteiro’. Além de imoral, o prefeito é irresponsável”, desabafou.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia