Na falta de argumentos de uma esquerda esquerdopata ou esquerdofrênica, o negócio é chamar o adversário de fascista. Esse negócio de fascista é produto vendido na feira dos oportunismos políticos, próprios de reta final de campanha.
Não encontro uma pessoa que fale do Bolsonaro sem usar a palavra fascista. O cara é bruto, é chucro, mas nunca fascista. Não há espaço para fascismo. Tampouco há espaço para ditadura. Não há como governar como se fosse rei. O presidente, seja quem for, será refém das forças políticas que viabilizaram sua chegada à presidência. É assim há 500 anos, por que vai mudar agora?
Em resumo, fascismo é um sistema de governo pautado pela opressão do classe dirigente sobre a classe dirigida e pela supressão sumária de direitos. Ele também se destaca por transformar as pessoas ignorantes em seu porta estandarte a defender suas práticas, mesmo quando criminosas.
Isso aconteceu na Itália de Mussolini e no Brasil do PT, só que aqui, a opressão e a supressão se deram de forma artisticamente velada, criando prosélitos em lugar de vassalos. E esses asseclas são tão entorpecidos pelo ópio petista que ignoram 30 anos de corrupção desenfreada no país e são até agradecidos, ávidos por um “revival”.
O fascismo pode até ter virado, em algum momento, um sistema de governo. Acontece que isso nunca foi unanimidade na História, em que foi atribuída a diversos grupos políticos e religiosos – no poder ou não – a alcunha de “fascista”.
Segundo George Orwell, numa coluna de 1944 para o jornal inglês “Tribune”, essa definição já foi aplicada a conservadores, socialistas, trotskistas, católicos, comunistas, simpatizantes e opositores da guerra e nacionalistas. O que é unânime é que o termo sempre é usado de forma pejorativa.
Texto: Marcus Fernando Fiori (Professor – Departamento de Jornalismo – Unir/Vilhena)
Foto: Arquivo pessoal