Devido à paralisação dos agentes penitenciários de Rondônia, que acarretou na suspensão das visitas dos presídios, nesta quinta-feira, 24, familiares dos presos do Urso Branco, em Porto Velho, trancaram novamente a estrada que passa em frente à referida penitenciária.
Além da manifestação do lado de fora, por volta das 08h30 era possível avistar saindo de dentro da unidade, cortinas de fumaça. Devido o fechamento da estrada, que gerou um congestionamento em ambas as mãos da via, a Polícia Militar foi chamada para realizara a segurança do local.
Já em Vilhena a situação não é muito diferente, pois pelo segundo dia consecutivo, não houve visitas no Presídio Cone Sul, local onde os presos não tomam banho de sol desde a última sexta-feira, 18, e também foram canceladas as visitas do Presídio Feminino, devido à falta de agentes para a realização das revistas.
Na quarta-feira, houve um principio de motim no presídio Cone Sul, onde presos bateram grades e queimaram colchões, porém, os ânimos foram acalmados pelo Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (GAPE).
Familiares dos presos chegaram a ameaçar uma manifestação em frente à referida unidade na manhã desta quinta-feira, porém, apesar do cancelamento, a situação ainda é calma por lá.
Diante dos fatos, a reportagem do Extra de Rondônia falou com o diretor Geral do presídio, Dirceu Martini, que afirmou não haver previsão para a liberação das visitas e do banho de sol dos presos, enquanto durar o movimento, que está forte, devido à adesão de quase 100% do efetivo, que se recusa a realizar horas extras, o que reduz a quatro servidores por plantão, para garantir a segurança de 364 detentos.
Ainda segundo Dirceu, o que ele tem podido fazer em questão de dialogar tanto com os presos, como com os familiares, tem sido feito, porém, jamais tomará decisões sob pressão, que possa por em risco a segurança dos detentos e servidores.
Por fim, Dirceu afirmou não há possibilidade de liberar o banho de sol com o efetivo com o qual conto hoje, pois no mínimo ocorreria um massacre, assim como, não pode liberar a entrada de mulheres e crianças na unidade, sem ter certeza que pode garantir a segurança das mesmas.
“Não estamos com má vontade, essas decisões são para garantir a segurança de todos”, concluiu.
Texto e foto: Extra de Rondônia