Timidamente, bem ao contrário do que falava quando candidato, o presidente Jair Bolsonaro começa a mexer na questão da mineração do país, principalmente nas áreas indígenas e de fronteira.

Autorizou seu ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, a dar uma declaração (a la PT) sobre o assunto; “esse processo será conduzido em consulta próxima com todos os atores relevantes, tais como as populações indígenas, a sociedade organizada, as agências ambientais e, principalmente, o Congresso Nacional”, Ou seja, vai discutir para não sair do lugar, Desde quando as ONGs que dominam a Amazônia, por exemplo, vão concordar com isso, já que contraria seus interesses e de seus países de origem? E que lideranças indígenas serão ouvidas? As orientadas por esquemas que tornam os caciques milionários e deixam as tribos morrendo à míngua, na miséria, sem comida e sem saúde? E a tal “sociedade civil organizada”, criada pelo petismo e  agora incluída na linguagem do politicamente correto do bolsonarismo? Ora, todos sabemos o que isso vai dar.

Em nada, claro! Ou o governo consegue apoio do Congresso (nele sim, precisa se apegar, para mudar a vergonhosa situação do roubo escancarado de nossas riquezas!) ou então deixa tudo como está e pare de fazer demagogia com um assunto tão importante. Essa questão tem que ser definida de forma simples: autorização controlada para exploração das riquezas minerais, através de empresas ou particulares, com pesados impostos e percentual significativo para os índios, mas não só os caciques. A todos os índios e a todos as tribos, para beneficiar a essa gente abandonada e jogada à sua própria sorte, enquanto o que é deles (e o que é nosso) é levado sob os olhares malandros dos que tratam a questão ideologicamente.

O povo de Rondônia perde, todos os anos, milhões e milhões de reais, com tudo o que temos da terra e que não nos é permitido usufruir (diamantes, ouro, nióbio e muito mais), por políticas obtusas, covardes e incompetentes. Em nome do meio ambiente, proíbe-se que os brasileiros usufruam do que é seu, mas se faz de conta que dezenas de contrabandistas de diversos países não estão levando, de graça, tudo o que é nosso.

Ora, o governo que crie uma estrutura de fiscalização que impeça os graves danos à natureza, como já ocorrem nessas áreas hoje, onde só os criminosos têm acesso. Fiscalizando, tirando os garimpeiros que atentarem ao meio ambiente, mas fazendo com que grande parte do que é nosso fique aqui, em forma de tributos, para melhorar nossas vidas. Não seria o caminho mais lógico e de bom senso? Por isso o governo Bolsonaro tem que parar de mimimi e começar a agir. Sem esse papo furado de politicamente correto, que, aliás, quase destruiu nosso país, muito recentemente. Os bolsonaristas deveriam ter aprendido a lição. Tem que parar de firula e partir para a ação. Senão, que deixem a baderna como está hoje…

 REDANO ENTRA NA BRIGA

Na Assembleia Legislativa, o deputado Alex Redano, do PRB de Ariquemes, começa a trabalhar arduamente em defesa do garimpo e da exploração das nossos riquezas, como forma de mais recursos  e mais desenvolvimento ao Estado. Ele não esconde que essa será sua principal pauta de atuação e quem tem buscado apoio em todos os escalões possíveis.

Já conversou inclusive, recentemente, com o senador  Confúcio Moura, quando foi visitado por ele em sua casa. Confúcio quer ajuda de Redano e da sua esposa, a presidente da Câmara de Ariquemes, Carla Redano, para sua luta em projetos de ciência e educação, que ele pretende desenvolver no Senado, em benefício de Rondônia. Já Redano pediu apoio de Confúcio para seu projeto de legalização da mineração do Estado. A ideia geral é dar início à uma luta que represente muito mais emprego e renda, abrindo uma pequena parte da garimpagem para empresas, mas a grande maioria para garimpeiros individuais.

Ele está preparando, com sua equipe, um projeto nesse sentido, para apresentar e discutir com o governador Marcos Rocha. Afirma ainda que está conversando também com o senador Marcos Rogério, com a deputada Silvia Cristina e muito mais gente, no sentido de buscar apoio para a iniciativa. O parlamentar defende que a abertura legalizada dos garimpos representará um salto na arrecadação do Estado, além de proporcionar emprego e renda a muita gente. Tudo muda para melhor, diz ele, quando se tem essa alternativa. Entregar nosso ouro e diamantes para o contrabando, lamenta, é algo que não se pode mais permitir. Redano está falando a linguagem correta, sem mimimi. Que Brasília o ouça!

POLÊMICA DO AEROPORTO/RODOVIÁRIA

Ah, esses burocratas, enraizados no serviço público!. Se acham!  Um advogado que trabalha na Infraero contestou, com veemência, a um editor de um dos mais de 40 sites que publicam essa coluna,  críticas feitas ao aeroporto de Porto Velho, alegando que o repórter não ouviu fonte alguma e que é lamentável que a imprensa rondoniense continue formulando teses e teorias completamente desconectadas da realidade.

Criticou os erros de informação e avaliação, do alto da sua sapiência, afirmando que as denúncias aqui publicadas são repletas de erros factuais e de avaliação. Vamos pedir desculpas ao nobre servidor da Infraero. Realmente não temos aqui um aeroporto que parece uma rodoviária. Não temos aqui um aeroporto onde já foram gastos milhões de reais e onde sua maior atração é o fato inédito de um aeroporto, pois não permite que os visitantes enxerguem as aeronaves que aqui decolam ou aterrissam.

Vamos esquecer que pagamos uma das passagens aéreas mais caras do país, já que o serviço que temos em troca é excelente, segundo a avalição do servidor da estatal, que afirma que o comentarista confundiu vários assuntos, como se um usuário tivesse que ter a cabeça de um burocrata, separando as deficiências: isso aqui é de responsabilidade deste setor; isso do outro; aquele do outro.

Pode servir muito bem para o raciocínio da burocracia infernal que controla, comanda e usufrui de todo o sistema de atendimento ao público neste país, mas é bom saber que, para o usuário, todo o pacote péssimo em serviços  tem a mesma raiz. Temos uma droga de aeroporto, para uma Capital que mereceria mais respeito e  serviços  muito melhores, não a estrutura que temos. Aliás, essa batalha por um terminal  muito melhor, deveria ser da Infraero também e não só dos pobres coitados que precisam usar nosso aeroporto/.rodoviária…

 BASTIDORES EM EBULIÇÃO

Mesmo no carnaval, os bastidores da política não deixaram de emitir sons de ebulição. Há grande expectativa para as próximas semanas, quando se antevê alguns discursos daqueles pesados na Assembleia Legislativa, em relação a pedidos ainda não atendidos pelo governo. Já o governador Marcos Rocha acredita que as relações com o parlamento estão muito boas. Tem a prova disso nas declarações públicas de vários parlamentares.

Mas é bom que o novo governador rondoniense se prepare: há pelo menos uma meia dúzia de deputados que está reclamando sim, entre si, para correligionários, para amigos da imprensa e entre si, porque alegam que não têm tido, do Palácio Rio Madeira/CPA, o tratamento que gostariam. Claro que tudo isso faz parte do jogo da política.

Se ficar só nisso, as relações vão se acomodando, com o passar do tempo. As queixas por enquanto são a boca pequena e de repercussão restrita, mas pelo menos um deputado declarou a esse colunista que acha exagerado o número de “nãos” que alguns dos seus pares têm recebido do Executivo. No meio desse fogo cruzado, está a Casa Civil, que trabalha arduamente para melhorar a relação entre os dois poderes.

SÃO APENAS 66 DIAS

O que se pode destacar, nesse contexto, é que não se pode exigir muito de um governo que começou a apenas 66 dias. Aliás, ouve-se e lê-se aqui e ali algumas criticas com embasamento, mas, muitas delas, retratam mais em má vontade com a nova administração, do que compromisso com a verdade. Um exemplo claro disso é a situação as rodovias estaduais.

Ora, será que elas se transformaram em buracos atrás de buracos de 1º de janeiro para cá? Como uma rodovia com a RO 010 – apenas para pegar um exemplo – poderia ficar na situação em que está em menos de 70 dias? Claro que qualquer análise de bom senso aponta que ela já estava destruída muito antes e que só piorou com o passar dos meses. Ficou ainda mais terrível no inverno amazônico deste ano, que está alagando todas as regiões do Estado.

A  própria Estrada do Belmont, em Porto Velho, vital para o ir e vir dos combustíveis que abastecem a cidade e regiões vizinhas, há quantos anos está atirada às traças? Claro que o governo casou com a viúva e tem que assumir os filhos, mas não é justo que se queira soluções, em menos de três meses, para problemas que são de décadas. Talvez dar um pouco mais de tempo seria o mais correto.

MEIRELES E AS RODOVIAS DO ESTADO

Que se fique de olho no Coronel Meireles, o novo comandante do DER. É um assessor direto do governador Marcos Rocha e é  diferenciado. Antes de assumir o posto e poucos dias depois, sem diárias e com o apoio de apenas um motorista, ele andou por todas as estradas estaduais de Rondônia,  percorrendo milhares de quilômetros, para conhecer pessoalmente os problemas que terá que enfrentar na sua área, daqui para a frente.

Saiu apenas com um mapa nas mãos e a intenção de só concluir suas viagens, quando tivesse conhecimento real de tudo. Apesar de estar em Rondônia há pouco tempo, Meireles sabe muito mais sobre nossas rodovias estaduais do que muito rondoniense da gema, a maioria dos que não conhece as estradas, nunca andou nelas e provavelmente nunca andará. Hoje, quando se pergunta ao diretor do DER sobre qualquer rodovia sob a responsabilidade do DER, ele sabe tudo de cor e salteado.

Tem boa memória inclusive para lembrar dos distritos e linhas por onde passou e quais os problemas exatos que ali existem e que devem ser solucionados. Militar de carreira do Exército, Meireles é um especialista em obras públicas. Ele faz questão de destacar, também, “a excelente impressão que tive das diversas pessoas que tratei ao longo destas viagens”. E se diz cheio de orgulho de ser rondoniense de coração. Garante que a partir do inicio do verão amazônico, as rodovias rondonienses começarão a mudar para muito melhor. Esperemos…

 TRÂNSITO MATA, FERE E LOTA JOÃO PAULO

Como o contrato para as sinalizações de lombadas eletrônicas que controlam a velocidade nas rodovias federais acabou e não se sabe quando ele será novamente refeito, muitos motoristas imaginaram que nesse carnaval, poderiam fazer as loucuras que fazem no trânsito e que sairiam impunes, já que não seriam flagrados. Ledo engano. Esqueceram-se, os néscios, dos radares móveis da Polícia Rodoviária Federal. Foi por isso que, só nas estradas federais rondonienses (mas a grande maioria na BR 364), perto de mil motoristas (isso mesmo!) foram multados por excesso de velocidade, durante o período carnavalesco.

Houve casos em que o maluco voava, chegando perto dos 200 quilômetros por hora. Afora isso, outros 20 caíram no teste do bafômetro, por estarem dirigindo depois de ingerirem bebida alcoólica. Houve pelo menos uma morte, lamentável, de um jovem de 18 anos, quando colidiu violentamente com a moto que pilotava, em Vilhena. Vários acidentes tiveram feridos, em pelo menos quatro colisões graves. Mais uma vez, o hospital João Paulo II, o único pronto socorro de Porto Velho (uma cidade cuja população já beira os 600 mil habitantes), ficou superlotado.  Aliás, quando vamos ter um hospital decente para urgência e emergência?

SOLUÇÃO PARA A ÁGUA E O ESGOTO?

A coluna recebeu, do competente jornalista Valbran Júnior, uma informação importante sobre o futuro do sistema de água e esgoto da Capital. Diz o texto, aqui publicado na íntegra: “A BRK Ambiental, uma das primeiras empresas criadas (em 2008) para prestar serviços nos segmentos de água e esgoto, no formato de parcerias com empresas públicas e privadas, ganhou um prazo extra até o fim deste mês, para apresentar os estudos sobre a expansão da rede de água e implantação da rede de coleta e tratamento de esgoto em Porto Velho.

Nascida sob a marca Odebrecht Ambiental, foi adquirida pelo grupo canadense Brookfield em 2016. A empresa possui cerca de 6 mil funcionários e atua em mais de 186 cidades, onde atende cerca de 17 milhões de pessoas. O êxito dos investimentos previstos, na ordem de mais de 1 bilhão de reais, poderá tirar Porto Velho de décadas de atraso e consolidar o prefeito Hildon Chaves como grande gestor público.

A BRK manifestou interesse na PPP proposta pelo prefeito Hildon e, antes que algum apressadinho possa se insinuar, é bom saber que é dona das subsidiárias Distribuidora de Águas Triunfo, Foz Águas 5, Foz do Brasil, Saneaqua, UVR e Reuso, bandeiras por meio das quais poderá desembarcar em Porto Velho ou, ainda, criar uma nova subsidiária”. Será, enfim, a salvação para o sistema de água e esgoto da Capital? Vamos esperar para ver!

PERGUNTINHA

Não está na hora de alguém alertar a alguns artistas que não param de falar asneiras; que vivem apenas para si mesmos e suas ideologias; que vivem repetindo o jargão Lula Livre, num deboche à Justiça brasileira; que exigem grana abundante, só para eles, pela Lei Rouanet, que eles foram derrotados, que perderam a eleição e que agora, nesse no governo, não mandam em mais nada?

 

Texto: Sergio Pires

Foto: Ilustração

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