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Eles são poderosos, têm muito dinheiro para investir e se espalham pelo mundo,  principalmente nos países em desenvolvimento e com enorme potencial, como é o caso do Brasil. Os chineses estão vindo com tudo e estão chegando também a Rondônia.

Vêm com seus milhões de dólares para assumir setores importantes, como a geração de energia elétrica (está praticamente acertada a venda da Santo Antônio Energia para um grupo chinês), mas também em outros setores vitais para a economia. O presidente da Câmara de  Comércio e Indústria Brasil/China, Charles Tang, passou pelo Estado deixando sementes muito promissoras para parcerias em implantação, por exemplo, de uma indústria de fertilizantes e de uma fábrica de tratores, obviamente, em ambos os casos, aproveitando as excelentes perspectivas do agronegócio.

Recebido por empresários, num café da manhã na Federação das Indústrias; pelo prefeito Hildon Chaves e assessores; pelo presidente da Assembleia, Laerte Gomes, entre várias autoridades, o representante chinês esteve também, nesta sexta à tarde, numa longa reunião com o governador Marcos Rocha e vários de seus secretários. Saiu extremamente satisfeito não só com as perspectivas de negócios, mas também pela forma como foi recebido e tratado no palácio Rio Madeira/CPA. Rocha já recebeu convite oficial para visitar a China. Deve aceitar, mas não se sabe quando essa visita será realizada.

Para se ter ideia das perspectivas que os chineses nos trazem, em termos de futuros negócios, vale registrar apenas um dado: toda a produção exportada pelo  agronegócio de Mato Grosso, já é comprada pelos chineses, fazendo a alegria e enriquecendo centenas de pequenos, médios e grandes produtores.

Em Rondônia, eles também estão de olho em quase tudo o que produzimos, até porque, em muitos negócios, já pensam em ser parceiros. Estão atentos no crescimento do turismo da pesca, por exemplo, que poderá ter sistemas de atração de brasileiros e estrangeiros, praticantes da pesca esportiva. Pensam em parcerias público/privadas, inclusive em áreas em que somos extremamente frágeis, como na construção de rodovias, ferrovias e obras de saneamento básico. Os chineses dizem que entrar na discussão sobre uma participação direta na questão das riquezas minerais que temos, ficará para uma próxima etapa. Não ficará.

Eles estão de olho em tudo o que temos em  abundância por essas terras de Rondon, como de ouro, diamantes, prata, nióbio e vários outras enormes riquezas. Pensam no negócio como parceiros, não apenas como como exploradores. Estariam ajudando muito no nosso desenvolvimento e o farão, caso não continue havendo tantos interesses complexos, que parecem atuar  para que nossos maiores bens, vindos da terra, continuem apenas sendo contrabandeado.  Preparemo-nos, pois! Os chineses, enfim, estão chegando para ficar!

O GIGANTE SE ESPALHA PELO MUNDO

Caminhando para uma população de  1 bilhão e 400 milhões de pessoas, a China ainda tem muita pobreza, principalmente nas áreas rurais e é um dos países com maiores índices de poluição no mundo. Mas seu regime comunista se abriu para o Mundo, em termos de economia, tornando o país que mais cresceu nas últimas décadas e, mesmo nas crises mundiais, ainda conseguiu, em 2017, um crescimento do PIB de 6,9 por cento.

A segunda maior economia do mundo (perde ainda para os Estados Unidos, embora possa superá-lo em poucos anos), investiu no exterior, em 2017, algo em torno de 82 bilhões de dólares, perto de 307 bilhões de reais e fechou 2018 com 6 por cento a mais. O Brasil tem sido um dos países onde os chineses procuram maiores parcerias, nos últimos anos. Estão de olho em nossas hidrelétricas e na produção industrial, principalmente a voltada para o agronegócio.

Mesmo que seu país seja um dos maiores produtores do mundo na área de alimentos, ainda assim precisa importar muita coisa, para poderem atender sua imensa população. Hoje, o país  tem, por exemplo, 513 milhões de suínos; produz 465 milhões de toneladas de grãos e é o maior produtor mundial de milho e arroz. Eles estão chegando em Rondônia. E com os olhos bem abertos, para muitos negócios.

TRANSPOSIÇÃO: SÓ DIREITO LÍQUIDO E CERTO

Outra questão que está emperrada e assim ficará, ainda por longo tempo, é a questão da transposição dos servidores do antigo Território Federal, para a folha de pagamento da União. Uma fonte bem informado comentava, dias atrás, que a situação está difícil e que não há, ao menos por enquanto, uma efetiva corrida do Governo rondoniense para tentar modificar a decisão que trancou a transposição, por tempo indeterminado.

Claro que como esse assunto muda como os ventos da política (um dia as notícias são ruins, no outro são mais ou menos, daqui a pouco surgem algumas poucas boas), não se pode dizer que o número de transpostos, em torno de 7.450,  não crescerá. Sendo otimista, experiente político rondoniense comentava, dias atrás, que talvez se consiga ainda colocar mais uns 2 mil servidores no pacote.

Mas não mais que isso! A verdade é que há centenas, senão milhares de casos, em que a transposição estaria sendo tentada como uma espécie de forçação de barra. Para um bem informado rondoniense, os que tinham que ser transpostos, naquelas questões de direito líquido e certo, já o foram. Entrarão mais alguns, mas nunca todos. Em breve saberemos se é isso mesmo ou se ainda poderão ser aquinhoadas categorias que, a princípio, não teriam o direito.

A ROLETA RUSSA DA SAÚDE

Há, no governo, um grande esforço para melhorar as questões da saúde pública e principalmente do Pronto Socorro João Paulo II, onde ainda há pacientes no lado de fora, expostos ao sol e a chuva. O secretário Fernando Máximo, médico respeitado, que dedica sua vida à Medicina e às questões sociais, tem trabalhado por vezes mais de 18 horas por dia, tentando encontrar soluções o mais rápido possível para os problemas, embora as enormes dificuldades que enfrenta, inclusive as da infernal burocracia que administra, comanda e corrói o serviço público no Brasil.

Também tem sido injustiçado. Como o foi na semana passada, quando a família de uma pessoa em estado grave, exigia que ela  fosse atendida e tivesse vaga no Hospital, passando a frente de dezenas de outras. Máximo tentou argumentar que não tem poderes para fazer isso, mas a conversa foi gravada e acabou parando nas redes sociais, como se ele tivesse alguma culpa quando o doente acabou morrendo.

Claro que se compreende o desespero da família. Mas é essa a nossa realidade: um sistema tétrico, onde se escolhe quem tem chance de viver e fica para trás quem vai morrer. É para tentar acabar com essa roleta russa que o dedicado Fernando Máximo tem se esforçado. Não conseguirá sucesso em tão pouco tempo, mas a médio e longo prazos, sem dúvida, melhorará muito a saúde no Estado. É competente, dedicado e sério.

DIÁLOGO E EXPERIÊNCIA CONTRA A CRISE

Há sinais de fumaça branca! Depois da crise da manhã da última quinta, quando um grupo e agentes penitenciários (incluindo sua presidente, Daiane Gomes) invadiu o Palácio Rio Madeira/CPA, se algemou e tentou forçar uma reunião com o governador Marcos Rocha, as coisas acabaram se acalmando na base da conversa. A tal ponto que, mesmo quando a categoria decidiu por uma greve geral enquanto as  conversas ainda andavam,  foi encontrada uma saída política para a questão.

Quem teve papel decisivo neste contexto, foi o Coronel Raulino Ferreira da Silva, secretário Executivo do Gabinete do Governador, que conseguiu acabar com o movimento radical, reuniu-se com as lideranças, reabriu as portas do diálogo e tudo isso na base do diálogo, do bom senso e da tentativa de pacificação. Com uma vida dedicada à PM, Raulino tem grande experiência em crises. Já as enfrentou das mais duras, incluindo uma , durante o governo de Osvaldo Piana, quando a PM em greve ameaçava invadir o Palácio e ele, assessor do Governador, teve que criar todo um sistema de segurança para proteção do mandatário e, ao mesmo tempo, não se confrontar com seus colegas grevistas. Enfim, depois de sentar com representantes dos agentes, incluindo a presidente Daiana, foi assinado um documento de reabertura das conversações. Espera-se que, agora, elas sejam levadas a bom termo.

PASSARELAS NA BR: QUEM TEM RAZÃO?

O deputado Lúcio Mosquini e sua colega, a deputada Mariana Carvalho, podem até concordar em muitas coisas, mas discordam radicalmente num tipo de obra pública. Mariana, pelas redes sociais, comemora que o Dnit vai construir seis passarelas em Porto Velho, sobre a BR 364, “para evitar que mais gente seja atropelada e morta, ao atravessar a rodovia, em pontos mais perigosos”.

Mosquini pensa totalmente o contrário. Para ele, construir passarelas é jogar dinheiro público no lixo. “É só ver a realidade: quem usa as passarelas? As pessoas preferem correr o risco de morrer, passando embaixo delas e no meio do trânsito, do que subir alguns degraus e atravessar nas passarelas”, disse ele, durante entrevista ao programa Papo de Redação (Rádio Parecis FM, segunda a sexta, sempre ao meio dia), com os Dinossauros do Rádio, nesta semana.

Para Mosquini, faixas de pedestres bem sinalizadas, com quebra molas antes, com controle de velocidade no local, essas sim seriam uma solução muito menos cara e muito mais segura. Mariana diz que nos locais onde serão construídas as passarelas, haverá mais segurança. Por onde passa, quando é cobrado sobre esse tipo de obra, Mosquini avisa que elas não servem para nada. “A  não ser pra jogar dinheiro fora!” Qual dos dois têm razão?

POUCA ESPERANÇA PARA CONTAS DE LUZ

Por falar em Lúcio Mosquini, ele tem um estilo de falar sempre com franqueza e destaca que prefere sofrer por dizer a verdade do que ser agradado e agradar com mentiras. Por isso, diz que não pode enganar ninguém sobre a questão do aumento das contas de energia elétrica em Rondônia. Para ele, a partir das negociações que foram feitas, quando a Energisa adquiriu a Ceron, há pouco o que se pode fazer para mudar o que está feito.

A única esperança que há segundo o parlamentar de Jaru, é uma negociação que comprove que parte do reajuste (apenas algo em torno de 6,9 por cento do total), pode ser revertida. O percentual seria referente ao gastos com usinas termoelétricas, que Rondônia praticamente não as usa mais. Afora isso, destacou, é extremamente difícil que haja alguma mudança que represente uma redução significativa nos percentuais do reajuste, que chegaram a mais de 25,5 por cento para as residências e 27,5 para empresas e ainda terão outro aumento de 5 por cento, na próxima conta.

Mosquini afirmou, contudo, que a bancada federal continua lutando parta tentar ao menos tornar menor  o ataque ao bolso dos consumidores. Mas foi enfático: a esperança de que algo possa mudar, é muito pequena.

HILDON  MUDA DE OLHO NO FUTURO

Quem acha que as eleições de 2020 e 2022 ainda estão longe demais, conhece muito pouco de política.  As pedras no tabuleiro já estão sendo postas desde já. Movimentos do xadrez com olhos voltados ao futuro, já estão sendo feitos desde quando terminou o último pleito. Todos os eleitos estão se mexendo, assim como os quase eleitos.

Na Prefeitura de Porto Velho – e é só um exemplo – mexidas na equipe do prefeito Hildon Chaves já são feitas no contexto das futuras disputas nas urnas. Uma delas ocorreu nesta semana, quando um nome indicado pelo senador mais votado em 2018, Marcos Rogério, foi convocado para compor a equipe de Hildon. Trata-se do advogado  Edemir Brasil Neto, que assumiu a secretaria de Regularização Fundiária, enquanto a ex secretária, a competente Márcia Luna, passa a ser adjunta.

O que se ouve é que o Prefeito decidiu manter toda a equipe técnica, que fez da Semur uma das melhores e mais atuantes secretarias do seu governo. Mas, nela e em outras, novas mudanças ocorrerão. Hildon terá apoio de Marcos Rogério para sua reeleição e por sua vez, o grupo do Prefeito vai apoiar o jovem senador em 2022, quando ele disputar o Governo do Estado. O quadro é esse, ao menos nos dias de hoje.

PERGUNTINHA

Não está exagerada demais a campanha clara de parte da mídia brasileira e dos petistas e aliados nas redes sociais, tentando ligar o presidente Bolsonaro, seja por suas ideias, seja por ilação, a crimes, criminosos e até a atentados em outros países?

 

sicoob

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