O aumento de áreas plantadas de espécies exóticas, como o pinus e eucalipto, é mais uma alternativa econômica que alavanca o agronegócio em Rondônia, depois da farta produtividade da pecuária e de grãos, como milho e soja.
O cultivo de matas exóticas e nativas, bem como os respectivos desdobramentos, foi pauta da reunião realizada na terça-feira 2, entre a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e Assembleia Legislativa e associações.
O plantio de florestas começou tímido em Rondônia, há pouco mais de 25 anos, e vem atraindo interesse de pequenos, médios e grandes produtores em várias regiões do Estado.
Pinus e eucalipto são as espécies mais cultivadas no sul rondoniense devido à exigência da planta por solo pobre. A meta dos grandes produtores da região é alcançar, nos próximos três anos, 5 mil hectares de árvores plantadas.
Com essa projeção, os empresários esperam garantir melhores preços e pretendem abrir uma usina de resinagem na cidade. No caso, a indústria terá condições de processar a goma resina, matéria prima do pinus, para ser vendida a preços competitivos no mercado nacional.
Outras espécies exóticas como teca e os mognos asiático e africano, e também a espécie nativa paricá, já ocupam áreas a partir da região central do estado, onde o solo é rico em nutrientes. O destino dessas madeiras exóticas é o exterior. Já a madeira da espécie paricá, tem largo consumo interno.
O governo do Estado tem ressaltado que, no últimos anos, empresários do setor florestal de Rondônia vêm apostando em novos plantios de espécies nativas e exóticas. As espécies de maiores interesses são os pinus tropicais para produção de goma-resina e os eucaliptos para a demanda de geração de energia térmica, secagem de grãos para o setor ceramista, frigoríficos e laticínios.
Já o setor de lâminas, para fabricação de compensados, vem sendo contemplado por uma espécie nativa de excelente qualidade, que é o pinho cuiabano, também conhecido como bandarra.
O grande desafio para o setor é atender aos pequenos produtores rurais, que somam mais de 100 mil famílias para o cultivo de novas áreas como a teca, espécie que apresenta bom crescimento no estado e elevado interesse comercial a qual gera ganhos econômicos expressivos.
O objetivo é identificar os plantios florestais mapeando as principais regiões plantadoras de florestas com o propósito de traçar políticas públicas para o setor. Os trabalhos estão em fase de conclusão e já indica uma área aproximada de plantio florestal de 17 mil hectares, com predominância da espécie de pinus tropical com 6.060 hectares, vindo a seguir o eucalipto e teca.
A reunião contou com a presença do vice-governador José Jodan, secretário da Agricultura Evandro Padovani, presidente da Emater, Luciano Brandão, deputado estadual Cirone da Tozzo e representantes da pasta ambiental, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e associações.