Para reforçar a campanha de vacinação contra a febre aftosa e divulgar o planejamento da suspensão da vacina, o Instituto de Defesa Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) explica o programa de erradicação da doença. Uma nova dosagem da vacina é disponibilizada ao produtor rural.
Prevista para suspensão a partir do segundo semestre de 2019, a vacinação só deve ser retirada a partir de 2020.
Em reunião realizada no fim de março deste ano, o Idaron, representantes de outros estados e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) decidiram que a segunda etapa da campanha, programada para 15 de outubro a 15 de novembro, deve acontecer para que os produtores rurais se adequem às ações definidas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa.
Dessa forma, está definida que a suspensão para 2020 deve ser confirmada em uma próxima reunião com o setor produtivo e representantes do Mapa.
No programa de erradicação da febre aftosa, uma das etapas é o período da vacinação, e a outra consiste na retirada da vacina, para demonstrar aos países importadores que não há doença, pois segundo a Coordenação de Educação Sanitária do Idaron, o Brasil almeja alcançar esses mercados internacionais para melhor remuneração e contribuição positiva à economia.
Com maior rigor na segurança dos produtos, mediante barreiras sanitárias, a vacina assegura o bloqueio de entrada do vírus em outros países. Sobre a qualidade do produto não há influência, porém o mercado internacional é considerado exigente.
O vírus da febre é um microrganismo que espalha com grande facilidade, através do ar e da água, por meio dos pássaros e veículos, por isso, o controle rápido é eficaz para conter uma possível epidemias.
A Atenção de Vigilância Sanitária engloba ações realizadas pelas agências estaduais, conforme reforçado pelo Mapa, sendo de conhecimento dos produtores rurais a atuação do Idaron em barreiras volantes, trânsito de animais em eventos, atividades a nível de fronteira, e a vacina contra o ingresso do vírus.
Com o lançamento do Plano Estratégico a nível nacional, foram instituídas mais de 100 ações que o Estado deve se adequar para segurança na retirada da vacina. Em reunião com o Ministério, observou-se a necessidade de avanço em algumas ações. Por esse motivo, a suspensão da vacina foi adiada para 2020.
Com a suspensão da vacina, planeja-se contar com a participação do produtor rural para notificação em casos de anormalidade no rebanho, com indício de doença, para ação preventiva rápida do Idaron.
“Observada alguma normalidade, diante dos sintomas de febre aftosa, aquele animal que está babando constantemente, mancando, com aftas na boca, feridas na região do tetos e entre os dedos no casco, o produtor rural deve se dirigir para as unidades da Idaron espalhadas no Estado, para que possa agir diante do problema. Para isso, a Idaron desloca-se à propriedade, e, sendo necessário, é feita a coleta de amostras para diagnóstico definitivo onde, a partir daí, outras ações são implementadas”, explicou o técnico Valter Cartaxo.
As duas etapas da campanha seguem sem alteração, com o mesmo prazo para vacinação e comprovação. Ressaltando que pela quantidade de produtores e propriedades rurais, a atenção deve ser maior para a vacinação ocorrer em tempo e garantir a liberação do rebanho pelas unidades do Idaron. Uma nova dosagem da vacina foi disponibilizada para os produtores, com quantidade de 2 ml.