Um projeto de resolução assinado em conjunto pelos deputados Cirone Deiró e Lazinho da Fetagro propõe a criação da Frente Parlamentar do Cooperativismo.
A iniciativa faz parte das estratégias que os parlamentares têm debatido na Comissão de Agricultura para melhorar o ambiente de negócios nos mais diversos setores da produção agrícola, especialmente da agricultura familiar.
Cirone Deiró e Lazinho da Fetagro acreditam que o modelo do cooperativismo precisa ser apoiado e incentivado pelo governo do Estado e pela Assembleia Legislativa.
Para os idealizadores da proposta, a formalização da frente parlamentar do Cooperativismo se constituirá em um importante espaço para disseminar os princípios da cooperação nos municípios rondonienses, reavaliar a legislação estadual sobre o tema, propor novas leis que possam atender as particularidades e os princípios do cooperativismo.
“Nosso Estado tem limitações em relação a legislação do cooperativismo que não existe em outros. Isso tem impedido a atuação e o êxito de cooperativas, em especial aquelas de produção”, afirmou o deputado Lazinho da Fetagro.
De acordo com o deputado Cirone, os princípios do cooperativismo são os de adesão voluntária, gestão democrática, participação econômica dos membros, autonomia e independência, educação, formação e informação, intercooperação e interesse pela comunidade.
“Percebemos que nos Estados brasileiros onde o cooperativismo está presente na vida dos agricultores, a comercialização, a compra dos insumos e as iniciativas de intercooperação agregam valor a todas as etapas da produção”, destacou, ao reconhecer que Rondônia precisa avançar nesse modelo de gestão e colocar o cooperativismo como uma política pública de governo.
Cirone chamou a atenção para a singularidade do modelo cooperativista pelos aspectos legais e doutrinários serem distintivos de outras sociedades. Segundo ele, nesse modelo de negócios os cooperados atuam prioritariamente com base nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e comprometimento com o bem-estar do seu semelhante.
“É um modelo de administração que vai exigir aprendizado e mudança de cultura da sociedade em relação ao tema”, finalizou Deiró.