Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto: Ilustração

A última colocação de Porto Velho no ranking  das capitais brasileiras, em termos de saneamento básico é sim  uma vergonha para as sucessivas administrações, que tiveram oportunidade de, ao menos fazerem alguma coisa e não o fizeram.

É uma vergonha para a Prefeitura, para o Governo do Estado, para as bancadas federais que se sucederam, para nossas lideranças políticas. Só a população, que pagou religiosamente seus impostos (para se ter ideia, o porto velhense já pagou em tributos municipais, estaduais e federais, só nesse ano, nada menos do que 189 milhões de reais), aqueles mesmos que corroem o bolso do pobre assalariado, não tem culpa alguma. Mas tem uma grande parcela de culpa o Tribunal de Contas da União, o TCU, que há mais ou menos dez anos atrás, acatou uma denúncia sem pé nem cabeça do então vereador Cláudio Carvalho e interrompeu as obras de saneamento da cidade, alegando um superfaturamento que jamais foi comprovado.

O dinheiro para o trabalho foi perdido, mais de 700 milhões de reais e a obra só voltou a ter chance de andar, em parte, recentemente. Há muitas culpas históricas para que Porto Velho passe a vergonha que passou essa semana, aparecendo na mídia nacional, incluindo os principais telejornais do país, como a Capital de pior saneamento do Brasil,  comparado aos piores índices dos mais pobres países africanos.  Mas que o TCU tem parte muito importante nessa culpa, tem sim!

Em Brasília, onde está visitando Ministérios, atrás de recursos federais, o prefeito Hildon Chaves enviou um vídeo, falando exatamente sobre a situação do saneamento básico da sua cidade e lamentando que, segundo suas palavras, “as informações sejam mesmo verdadeiras”, O que o Prefeito destacou é que de que está havendo um grande esforço, na sua administração, “para mudar esse quadro”. Informou  que o projeto de Parcerias Público Privadas, começa exatamente pela área de saneamento.

“Pelo menos três grandes empresas da área de saneamento do país, participam atualmente deste processo”. As obras, segundo Hildon,  estão orçadas em pelo  menos 1 bilhão e 700 milhões, mas o valor pode chegar a 2 bilhões de reais.  Acrescentou ainda que as empresas envolvidas no projeto são sólidas e de grande porte. E concluiu: “nós estamos, juntamente com o governador Marcos Rocha, construindo um caminho para que, da forma mais rápida possível, consigamos tirar Porto Velho dessa lista vergonhosa”. O vídeo pode ser acessado pelo link https://www.facebook.com/drhildon/videos/620927365061832/

ANEEL, ENERGISA E O LAVA MÃOS

As agências reguladoras, na maioria dos casos,  servem para alguma coisa, quando está em jogo a defesa dos consumidores? Cada vez mais essa pergunta tem nexo, na medida em que não só a falta de apoio ao contribuinte, mas principalmente a omissão de algumas dessas agências, detona a premissa de que elas têm utilidade para equilibrar as forças entre representantes de setores vitais para o país e os brasileiros que utilizam esses serviços.

A Anac, que deveria tratar dos interesses dos passageiros, mas prioriza as empresas aéreas, é um exemplo disso. Outro, claro, é a Aneel, do setor elétrico. Além de fazer vistas grossas a reajustes abusivos de energia – estatais ou não – ela ainda se omite quando essas fornecedoras de serviço não cumprem suas obrigações. Aqui mesmo em Porto Velho, há um exemplo claro disso. Uma organização tenta, desde o início de junho, receber a aprovação da Energisa para a construção de uma Subestação Abrigada. Coisa simples. Nunca obteve resposta ao pedido de análise do projeto.

Recorreu à Aneel em duas oportunidades e, até agora, também não conseguiu, da agência reguladora, uma resposta. O pedido foi protocolado há dois meses. Nada. Desrespeito da empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica. Lava mãos absurdo da Aneel. Está mesmo na hora do governo colocar sua mão nessas agências, que só servem para regular os benefícios às empresas, não aos consumidores.

ECONOMIA EM BAIXA, IMPOSTOS EM ALTA

Certamente os economistas devem ter explicações muito plausíveis para o fenômeno: como um país, com a economia estagnada, com tantos problemas, com o desemprego que supera os 13 milhões de brasileiros, consegue ainda ser recordista mundial em captação de impostos? Isso mesmo. Teoricamente – e apenas na teoria – um país que enfrenta as imensas dificuldades financeiras que nosso Brasil está vivendo, teria prejuízos também na sua arrecadação.

Na vida real brasileira, contudo, não é isso que acontece. Do primeiro dia de janeiro até essa quarta-feira, o que ocorreu foi exatamente o contrário. Batemos novo recorde de arrecadação. Até o final do dia, na quarta, o Impostômetro, criado para mostrar os números abusivos de quanto pagamos em tributos, quase sem retorno – mostrava que já haviam sido pagos pelo brasileiro, nesse período, nada menos do que 1 trilhão e 400 bilhões de reais.

No mesmo período do ano passado, a arrecadação beirava os 1 trilhão e 300 bilhões. Ou seja, um crescimento de mais de 7 por cento. Economia em baixa, imposto em alta. Quem não é economista, entendeu alguma coisa?

AGORA SIM, É FESTA POPULAR!

Mudou. E mudou para melhor. O Arraial Flor de Maracujá, que durante muitos anos foi território proibido para quem não tinha muito, mas muito dinheiro, passa a ser agora, verdadeiramente, uma festa popular. Com o fim de taxas absurdas, que poderiam somar mais de 2 mil reais para os barraqueiros, que, obviamente, tinham que repassar esse custo aos frequentadores da festa, a população terá acesso a um evento de baixo custo, com alimentação e brinquedos para as crianças a preços acessíveis.

Houve época em que andar numa roda gigante num Arraial do passado, poderia custar mais de 10 reais por pessoa. Nesse ano, todos os brinquedos terão preço único de 3 reais. Antes, muita gente mandava e desmandava no evento, que era praticamente propriedade de meia dúzia. Hoje, quem manda é o povão e os grupos de quadrilhas e boi bumbás, que, aliás, não recebem mais dinheiro público, mas apenas patrocínio privado. Claro que o Governo e a Prefeitura vão investir, mas apenas naquilo que lhes é de competência.

O secretário Jobson Bandeira, que bateu pé, por ordem do seu chefe, o governador Marcos Rocha, para que fizesse uma festa realmente popular, acessível a todos, brigou até conseguir impor a nova mentalidade. Graças a ela o Arraial Flor do Maracujá tem um futuro especial pela frente. Do jeito que estava, ia acabar se consumindo na gastança. A festa deste ano começa nessa sexta…

UM HOMEM E SUA GRANDEZA

Plínio Carloto não é um empresário de sucesso a toa. Uma vida inteira de luta, de trabalho, de esforços e de espírito forte, deram a ele e sua família algo que poucos conseguem: grandeza para enfrentar as piores dificuldades. É nas horas da tormenta que se conhece quem é, verdadeiramente, o ser humano. Plínio sofreu um grande baque, nessa semana, quando a sede da sua empresa, a Rondobras, na avenida Nações Unidas, foi completamente destruída por um violento incêndio.

Os bombeiros trabalharam praticamente uma noite inteira para controlar as chamas, que poderiam ameaçar outros prédios. No dia seguinte, claro que abalado, mas cheio de vontade de lutar e vencer as enormes dificuldades, o empresário deu uma entrevista que é um exemplo a ser seguido. Primeiro, comemorou que não houve nenhuma vítima. Depois avisou que vai reerguer tudo de novo.

E, por fim, para coroar com chave de ouro um depoimento emocionado, mas de grande valor, avisou que não vai demitir um só empregado. Os que têm direito a férias, a tirarão agora, até que se busque alternativas. Os demais, serão distribuídos nas filiais da Rondobras. É no meio da tragédia que o ser humano mostra sua grandeza. Plinio Carloto mostrou a dele!

HERMÍNIO AGORA É VERDE

Ex presidente da Câmara de Vereadores e ex presidente da Assembleia Legislativa, Hermínio Coelho sempre foi uma figura combativa na política rondoniense. Embora afável no convívio, sua fala mansa se transforma em pedra quando o discurso é político. Seus adversários que o digam. Deixou o PT depois de romper com o então prefeito Roberto Sobrinho e seu governo.

Saiu da Câmara já com seu nome consolidado entre os eleitores da Capital e partiu para a disputa de uma cadeira na Assembleia, praticamente sem dinheiro e sem estrutura. Elegeu-se com um discurso forte, de oposição, beirando o radicalismo. Na administração de Confúcio Moura, tornou-se inimigo do então Governador, num episódio lamentável. Uma operação policial prendeu um dos filhos de Hermínio, por engano, porque ele tinha o mesmo nome de um envolvido em delito, na época. O rapaz ficou vários dias preso, até que o engano fosse desfeito.

Hermínio jamais perdoou Confúcio, se transformando no seu mais duro crítico, ao ponto de ser processado pelo então Governador. Depois de perder a reeleição, Hermínio volta com força. Trocou de partido. A partir desta sexta, 19 horas, em solenidade na sede do Sindur, centro da Capital, ele assina ficha com o Partido Verde. E é por essa sigla que pretende disputar a Prefeitura de Porto Velho, no ano que vem Hermínio volta com tudo!

DER: 14 RESIDÊNCIAS, QUATRO USINAS

O DER modernizou sua estrutura de trabalho. Atua em todo o Estado, em várias frentes, tentando, ao menos, tornar transitáveis a maioria das rodovias estaduais, que estava em péssimas condições, até o final do inverno amazônico. Nos primeiros sete meses, na nova gestão, sob o comando do Coronel Erasmo Meireles, o órgão foi reestruturado, sua logística modificada, os sistemas de ações internas simplificados. Contando com 14 Residências, distribuídas nas principais regiões do Estado, o DER conta atualmente com quase 750 veículos, máquinas e equipamentos.

Desses, mais de 45 por cento estavam simplesmente sem funcionar, por falta de peças ou equipamentos. Três quartos desse material já estão recuperados e sendo utilizados na recuperação das estradas e rodovias do Estado. As quatro usinas de asfalto pertencentes ao órgão produzem a massa asfáltica necessária a pavimentação e manutenção das rodovias. O DER anuncia um árduo trabalho em praticamente todas as rodovias de Rondônia e também nas estradas mais importantes. Nas informações sobre o órgão, contudo, faltaram números sobre o total de quilômetros já recuperados e quanto ainda falta para fazer. Temos ainda três meses do verão, para que o DER cumpra todos os seus objetivos, antes das chuvas voltarem.

PERGUNTINHA

O que você acha que deve acontecer com os bandidos presos, que confessaram terem hackeado celulares de autoridades, incluindo o ministro Sérgio Moro e que foram pegos nas investigações da Polícia Federal?

 

sicoob

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