Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto: Divulgação

E o caso da ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã, continua sem final feliz. Faltando apenas 4 por cento de toda a obra para ser concluída, a abertura da ponte ao trânsito está dependendo uma decisão de Brasília. Ela poderá vir depois de uma reunião que o senador Marcos Rogério realiza, nesta próxima terça-feira, no Ministério da Infraestrutura, com a direção do Dnit. Não foi confirmado se o ministro Tarcísio Gomes estará presente. O senador rondoniense vai dizer, no encontro, que tanto Rondônia quanto o Acre querem ver a ponte concluída com a maior urgência.  O que falta? Na alça do lado acreano, está tudo OK. Máquinas e homens estão concluindo a terraplanagem. Em breve o trecho estará todo asfaltado. É no lado rondoniense que o problema, aparentemente, não tem solução rápida. Uma alternativa, uma espécie de “puxadinho”, algo provisório, seria fazer um aterramento, até que a nova alça definitiva ficasse pronta. É um risco, porque a terra do lado de cá do rio pode não suportar esse tipo de ação e, numa eventual enchente, a ponte poderia ficar isolada. A segunda opção é a mais correta: aumentar o tamanho da ponte em mais 400 metros, o que resolveria toda a questão. Só que, para isso, seriam necessários cerca de mais 15 milhões de reais, que não existem no orçamento da União. Pior: mesmo que o dinheiro fosse liberado hoje, a obra do lado de cá do rio não ficaria pronta antes do primeiro trimestre do ano que vem. Ou seja: o problema é mais complexo do que se imagina e, ao contrário do que as autoridades e muita gente do Acre que já comemoram, o término da ponte histórica, (que os vai ligar por terra ao resto do Brasil, finalmente!) faltando apenas 4 por cento, pode representar um atraso entre seis e oito meses, até que tudo esteja realmente pronto.

Tem ainda mais um detalhe, até agora não comentado. Seguindo o exemplo da ponte sobre o Madeira no bairro da Balsa, em Porto Velho, que  nos liga à BR 319 e ao Amazonas e que vai completar cinco anos, a do Abunã também não terá iluminação. Pelo menos ela não está programada no projeto original. Na área da Capital, embora a escuridão assuste, há alguma iluminação indireta, porque a ponte está entre os dois lados da cidade onde há luz abundante. Já a segunda, na Ponta do Abunã,, será uma obra grandiosa, sobre um rio  perigoso e na total escuridão. Fontes do Dnit garantem que não há necessidade de iluminação.  Mas, é bom lembrar, haverá ali um trânsito intenso e pesado. Qualquer descuido pode causar grandes problemas para os motoristas. Recorde-se  que a ponte do bairro da Balsa até hoje vive na escuridão, apesar do Dnit já ter recebido até um projeto doado gratuitamente pela Fecomércio, para que o sistema de luzes fossem implantado. A obra, próxima ao centro da Capital, custou 200 ,milhões de reais. A da Ponta do Abunã já gastou 130 milhões e pode ter mais 15 milhões de investimentos, totalizando 135 milhões de reais, Não sobrou uma graninha para projetar a implantação do sistema de iluminação.

TRINTA E SETE ANOS EM UM 

O assunto do dia foi o nióbio. Nessa quinta, o mineral foi tema de todas as conversas, pela enorme riqueza que representa. Os números são mesmo estratosféricos. Se pudéssemos usufruir apenas 10 por cento de uma única reserva que temos em Itapuã do Oeste, a fatura poderia chegar a nada menos do que 300 bilhões de reais. Isso representa, sozinho, o valor somado de 37 anos do orçamento de 2019 do Governo de Rondônia, que é de 8 bilhões e 100 milhões de reais. Trinta e sete anos em um! Por que então nós, os verdadeiros donos de tudo isso, não recebemos um só centavo e não usufruímos de toda essa riqueza? Pelo domínio internacional das ONGs na Amazônia. Pelo aparelhamento de organismos de governo e de instituições, incluindo-se aí uma ala do Ministério Público Federal, do IBAMA e outros órgãos, que preferem ver índios morrendo de fome e de doenças, sentados em cima de minas de diamantes, do que vê-los ricos e felizes, integrados à sociedade e vivendo suas vidas abastadas, sem perder suas raízes. Para a maioria dos idiotas, a questão é ideológica, baseada nos discursos vazios da esquerda. Mas para quem conhece mesmo o assunto, a questão é econômica. Os estrangeiros querem o domínio da nossa Amazônia, para encherem seus bolsos. E nós que vamos “praquele” lugar…

LEI ESTADUAL É PIOR QUE A FEDERAL”

O deputado Laerte Gomes, ao tomar conhecimento do assunto, fez um pronunciamento em defesa de Rondônia e de suas riquezas minerais. “o governo Federal tem que unir forças para resolver essa questão, para enfrentar essas ONGs e aqueles que não defendem os verdadeiros interesses da nossa terra e da nossa gente. Precisamos também flexibilizar a legislação ambiental de Rondônia, que hoje é pior do que a federal. É um absurdo o que está acontecendo. Totalmente absurdo!”. O presidente da Assembleia Legislativa é apenas uma das vozes que tem se levantado contra o que está ocorrendo em nosso Estado, onde não podemos usufruir de nossas riquezas, que estão sendo roubadas vergonhosamente, sem que nada fique para melhorar a qualidade de vida da população.  Junto com outros parlamentares, Laerte pretende levar essa pauta para profundos debates no Parlamento, nesse segundo semestre, para cobrar ações efetivas dos governos do Estado e da União, para que essa excrescência não prossiga. “Temos que ter direito de dar ao nosso povo, ao menos uma parcela da grande riqueza que é dele”, disse Laerte Gomes.

O MP DE OLHO NA VICE DO DETRAN

Não foi por falta de aviso! Há meses, o bochicho nos corredores entre servidores do órgão e até em auto-escolas que prestam serviços junto ao Detran, apontava o dedo para a diretora adjunta do órgão, Benedita Aparecida, que, segundo os corredores é quem realmente manda por lá. O caso chegou num ponto em que servidores do DETRAN entregaram ao Ministério Público, nesta semana, uma denúncia contra pretensas irregularidades que estariam sendo praticadas no órgão, pela diretora. O site NewsRondônia teve acesso ao documento e informa que nele constam vários denúncias de práticas de possíveis ilegalidades, perseguição a funcionários, benefício a parentes e outras questões nebulosos. Desde que foi indicada para o cargo, por escolha pessoal do governador Marcos Rocha, a presença de dona Benedita no Detran tem sido contestada, até porque ela é empresária do setor e, conforme o pedido de investigação que chegou ao MP, tem atuado em benefício próprio e de familiares. Até agora não há qualquer comprovação sobre as denúncias. A polêmica já dura meses, mas nem o Governo e nem o DETRAN se pronunciaram sobre o assunto. O caso agora está nas mãos dos procuradores do MP rondoniense.

O ASSASSINO E AS LEIS PORNOGRÁFICAS

O assassino, cruel e tomado pela fúria, não só matou a pauladas sua ex-companheira como ainda feriu o pai dela. Covarde, depois da fuga foi preso e começou a contar uma série de histórias, tentando, é claro, diminuir o terrível crime que cometeu. Primeiro, disse que não se lembrava do que tinha feito. Depois, que ele não agrediu a mulher (apesar de todas as evidências e provas), mas que ela caiu e bateu a cabeça. Por último, através dos seus advogados, tentou uma de João Sem Braço para cima da Justiça, pedindo que seja considerado doente mental. Não colou, é claro! O criminoso vai responder por seu crime e será julgado em júri popular. Infelizmente, não importa a quantos anos seja condenado, em breve estará nas ruas, beneficiado pela série de pornográficos benefícios que a lei brasileira dá a bandidos como ele. A Professorinha, assassinada com frieza, logo será esquecida. O matador estará solto dentro de poucos anos, ao invés de passar todo o resto da sua vida atrás das grades. É assim que tratamos assassinos por aqui: com benevolência. E ainda os chamamos, o que parece um deboche para com suas vítimas, de “reeducando”. Uma vergonha!

O REITOR E A VIRULÊNCIA DAS REDES SOCIAIS

O reitor da Unir, professor Ari Ott, um dos intelectuais mais respeitados do Estado e com uma vida acadêmica de quase 35 anos, recebeu duríssimos ataques de adversários e até de inimigos pessoais, depois de um pronunciamento que fez num evento informal na Unir. No encontro Ari Ott fez brincadeiras, usou de muita ironia e fez uma forte defesa do ensino público. Frases soltas, tiradas do contexto (embora possa ter havido sim, eventualmente, algum exagero no discurso), foram usadas para divulgação nas redes socais como se ele tivesse feito a defesa do uso de drogas nas universidades e até piadas com a Bíblia. Não houve isso, claro. Nessa quinta, o reitor emitiu uma longa nota, falando sobre o episódio e lamentou o que chamou de “discurso odioso das redes sociais”,  somado “à insanidade da replicação de mensagens sem conhecimento das circunstâncias e do conteúdo”. Criticou também “a destruição dos adversários a qualquer preço”, que, para ele, “são incompatíveis com a cultura da paz, com a civilização, com o Cristianismo”. Quem conhece Ari Ott sabe quem ele é, seu profundo conhecimento, seu respeito às diversidades e às opiniões, mesmo as que são frontalmente contrárias às suas. Os avanços da Unir, em todos os aspectos, sintetizam o que ele representa para a Universidade. Tomara que esse triste episódio fique no passado e que a insanidade das redes sociais não causem mais danos nem a ele e nem a ninguém mais.

HOMENAGEM À CONSTITUIÇÃO

O deputado Ismael Crispim coordena uma série de programações alusivas às comemorações dos 36 anos da Constituição de Rondônia. Ele falou, em encontro com jornalistas, nessa semana, da serie de eventos programados pela Assembleia Legislativa. Nomeado pelo presidente Laerte Gomes para coordenar o projeto, Crispim anunciou a programação será realizada de 6 a 9 deste agosto (de terça a sexta da semana que vem ) com atividades como Alvorada Festiva, Sessão Solene, lançamento de galeria de fotos dos constituintes e ex-presidentes da ALE, somados com um selo comemorativo dos Correios, do exemplar da “Edição Comemorativa da Constituição Estadual” e do edital do “Concurso de Redação” e da escolha da bandeira da Assembleia. Crispim disse ainda que  a proposta do evento é reconhecer o trabalho desenvolvido por todos os ex-deputados. “Rondônia é uma Estado progressista e que avançou muito ao longo desses 36 anos. Muitos estão esquecendo-se da história do nosso Estado e essa semana especial será o momento ideal para que todos possam refletir e valorizar o trabalho realizado”, diz. A comunidade rondoniense está convidada a participar de todas as comemorações.

PERGUNTINHAS

Afinal, os números do desmatamento da Amazônia são reais ou são exagerados, como alegam o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro do Meio Ambiente? Quem está mentindo: os órgãos responsáveis pela fiscalização ou os representantes do novo governo brasileiro?

 

 

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