Adeilde Gonçalves em visita ao site / Foto: Extra de Rondônia

O agricultor Adeilde Gonçalves de Lucena, 61 anos, fundador da Agrovila “Renascer”, visitou a redação do Extra de Rondônia nesta quinta-feira, 15, para cobrar das autoridades municipais mais atenção à agricultura familiar em Vilhena.

Ele, especificamente, fez o desabafo contra os gestores das secretarias municipais de Agricultura (Semagri) e Turismo (Semtic) da prefeitura.

Ao se referir à Semagri, Adeilde afirmou que a pasta não está tendo compromisso com os pequenos agricultores, principalmente com relação à agricultura familiar.

Explica que fez parte do Conselho Municipal do Desenvolvimento Rural e, em várias ocasiões, visitou a secretária adjunta da Semagri, Madalena de Paula, e sugeriu a implantação de inhame com pequenos agricultores através de crédito fundiário. Porém, Madalena – segundo ele – disse que esse crédito deveria ser extinto.

“Tem gente do Nordeste que está arrendando terras de pequenos agricultores para cultivo de inhame. Como uma pessoa que trabalha com agricultura familiar tem essa visão? Avalio assim que ela está na pasta errada”, pontou.

Com relação à Semtic, Adeilde também fez considerações ao comportamento do ex-secretário Faiçal, e do atual, Marcondes Cerutti, quando sugeriu a ambos a criação de oficinas de confecções com apoio do município e do Estado, mas – segundo ele – os dois disseram que Vilhena não tem vocação para isto.

“Visitei a cidade de Santa Cruz de Capibaribe, em Pernambuco, e por lá existe um projeto onde 60 % da população trabalha em pequenas oficinas de confecções com apoio do município. E hoje é considerado o segundo polo de confecção no Brasil, perdendo apenas para São Paulo. Apresentei esse projeto para o ex e atual titular da Semtic, como uma sugestão para ajudar devido a tanta gente desempregada e sem qualificação em Vilhena. Mas eles não mostraram nenhum interesse. Porém, agora, querem gastar R$ 200 mil em cursos com o Sebrae que só serve para encher linguiça, que não traz proveito nenhum para a sociedade”, desabafou, ao se referir ao congresso empresarial que a entidade pretende realizar em novembro (leia AQUI).

O agricultor garante que está formando uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), que tem por finalidade facilitar o aparecimento de parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos (municipal, estadual e federal) e permite que doações realizadas por empresas possam ser descontadas no imposto de renda.

O site deixa espaço aos gestores das duas pastas para eventuais esclarecimentos às declarações do agricultor.

 

sicoob

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