Se a relação entre o ex-presidente do PSDB, Junior Pintor, com Eduardo Japonês (PV), e seu grupo, já vinha se deteriorando há algum tempo, a coisa a partir de agora desandou de vez em Vilhena.
Ao receber intimações da Justiça como reação a críticas que fez à administração e alguns de seus integrantes, Junior Pintor resolveu dar revide à altura, e disse que revelará tudo o que sabe sobre os bastidores desta ala política. “Tem muita gente se fazendo de santo, quando na verdade é muito diferente disso”, afirmou o autônomo em visita à redação do Extra de Rondônia na manhã desta sexta-feira, 6.
Ele disse achar estranho o prefeito e seus subordinados não aceitarem críticas, sendo que no passado “eram campeões em falar mal dos adversários políticos, inclusive apelando para assuntos pessoais”.
Pintor vai mais longe e revela: “ eles pagavam semanalmente para pessoas difamarem os Donadon. Uma das pessoas que recebia várias vezes chegou a me mostrar o dinheiro, que era entregue aos sábados”, dispara.
Em outro momento, ele afirma que o prefeito não tem muito escrúpulo quando se trata de articulação política, e que teria aceitado na marra a presença de Maria José na chapa como candidata a vice. “Numa conversa que tivemos num restaurante em frente a rodoviária, na época da pré-convenção, ele disse assim: ‘a Maria José salvou a vida de meus dois filhos, mas não serve pra ser minha vice, pois é muito fraca e teve uma atuação inexpressiva como vereadora’”, garante.
Junior também faz outra revelação bombástica justificando porque não apoiou nem votou em Eduardo para ser candidato a prefeito na época das convenções: “Muito simples: quando eu estive na secretaria de agricultura, na gestão do Adilson, o Japonês não parava de ficar me pressionando para eu liberar portarias pra ele. Foi ali que eu percebi que ele não servia para ser prefeito e seu discurso era pura demagogia”, analisa.
Finalizando, o polêmico tucano afirma que cansou “de ser bonzinho com essa gente”. Ele garante que a partir de agora vai procurar as instâncias competentes e revelar tudo o que sabe dos bastidores do que classifica como “grupo do mal”. “Os vilhenenses vão saber todos os podres envolvendo deputado do Cone Sul, cheques suspeitos, armações para prejudicar adversários e até vereadores da legislatura passada, funcionários fantasmas e falcatruas em geral. Agora começou a ficar bom”, encerra Junior Pintor.
O Extra de Rondônia deixa espaço à disposição das autoridades locais para eventuais esclarecimentos.