Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto: Ilustração

Vamos criar uma situação hipotética. Um jornalista, de empresa que fosse contra o governo, se passaria por louco, como se fosse doente mental, para criar uma matéria nojenta contra pessoas da família do  presidente Lula (lembremo-nos, é apenas uma história inventada) que recém assumira o poder.

Lula teria cortado verbas de publicidade que manteriam inúmeras empresas jornalísticas (TVs, Rádios, Jornais) e passara a ser alvo de duríssimos ataques. Nenhum interesse nacional estava em jogo. Apenas dinheiro. Quem , entre os brasileiros de bem aceitariam algo assim? Um jornalista, usando identidade falsa, doença falsa, história falsa, não seria destruído por seus colegas, pelo absurdo da falta de ética e respeito? Quantas notas oficiais não seriam emitidas pelos sindicatos dos jornalistas, todos aliados e tomados pelos admiradores do Presidente, contra esse crime moral?  Numa hipótese dessas, num governo do PT, o jornalista seria execrado e, provavelmente, teria que procurar outra profissão. Porque seus colegas jamais o aceitariam e nunca concordariam com os métodos usados para que, com falsidades e numa matéria podre na essência, o ataque ao seu guru ficasse  impune.

Agora vamos para o mundo real, sem Lula, mas com Jair Bolsonaro. Não com um repórter se passando por louco, mas se apresentando a uma psicóloga, nora do Presidente da República, como se estivesse pedindo ajuda a uma profissional, dizendo ser gay.

E o que ele fez? Usando identidade e uma situação pessoal falsas, mentindo ser gay, coisa que não é, gravou cinco sessões de terapia, tentando arrancar da pessoa que o estava tratando, declarações dela que pudessem atingir a família do arqui inimigo, Jair Bolsonaro.

Trabalhando para a Revista Época, da Rede Globo, uma empresa que está decaindo e que perde espaço, pela absurda campanha que faz, inclusive destruindo uma história de mais de 50 anos de bom jornalismo, o o colunista João Paulo Saconi se prestou a esse papel. Fez isso sob o silêncio brutal de toda a imprensa que é anti bolsonarista, como se atacar o atual  Presidente, que não é o Lula, guru dessa gente,  tivesse carta branca para ser um ato baseado na covardia, na falta de ética e eivado de mentiras.

Não houve protestos, nem textos agressivos atacando a reportagem marginal. Só o silêncio, em forma de aplausos, que é o que se pode deduzir pela omissão. Obviamente, como é Bolsonaro e não Lula, há quem defenda esse tipo de Jornalismo. Quando é a favor dos interesses e ideologias deles, vale tudo. E ai de quem achar ruim. Será chamado de fascista, defensor da censura e contra a liberdade de imprensa. Que o povo brasileiro, aquele decente e do bem, avalie se é essa a verdadeira imprensa, aquela que pode ajudar nosso país a superar suas crises!

REDANO ERGUE A VOZ CONTRA A ENERGISA

Há ainda muitas reclamações da população em relação à Energisa, a nova empresa responsável pela distribuição de energia em Rondônia. Não são só os custos que aparecem na conta dos consumidores que têm merecido protestos. O sistema de cortes, alguns feitos fora dos horários permitidos pela lei e em finais de semana, o que uma lei estadual proíbe, também tem sido objeto de muitas reclamações, que estão repercutindo em vários setores, Nessa semana, mais um texto duríssimo contra a empresa foi publicado nas redes sociais e na mídia, dessa vez pelo deputado Alex Redano, do PRB de Ariquemes.

Ele escreveu que “repudia com veemência”, o que chamou de ações que a Energisa vem praticando em todo o Estado, “como a má qualidade no atendimento  à população, que vem reclamando de abusos por parte da empresa”. O parlamentar, que no geral tem um discurso menos agressivo, se irritou ao receber, segundo denuncia, inúmeras reclamações de rondonienses. A tal ponto que está apresentando na Assembleia, nos próximos dias, “um pedido de investigação contra a Energisa, que vem fazendo cortes sem aviso prévio, em horários inadequados e não respeitando nenhuma legislação”.

VEM AÍ O NOSSO HOSPITAL 

Se todos os projetos anunciados pelo governo do Estado, no seu Plano Estratégico forem mesmo concretizados, estaremos diante de uma nova Rondônia,  em poucos anos. O projeto, coordenado  pelo chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, com apoio de todo o secretariado, vai mexer em todas as áreas de atuação. Nele se destaca, por exemplo, a construção, já a partir de 2020, do novo Hospital de Pronto Socorro de Porto velho, com mais de 300 leitos. O hospital poderá ficar pronto em dois anos caso seja construído pelo sistema BTS (Built To Serve), em que a iniciativa privada constrói o edifício, dentro de todas as características exigidas pelo cliente e o Estado o aluga por 15 anos, com a empresa ficando responsável pela manutenção de tudo.

Ao participar do programa Papo de Redação nesta sexta (o programa é na Parecis FM, de meio dia às duas da tarde de segunda a sexta, com os Dinossauros do Rádio), Júnior Gonçalves também destacou o projeto, que prevê, entre várias iniciativas, a recuperação da malha viária do Estado. O Governo a recebeu em péssimas condições e está, nesse primeiro ano, tentando amenizar a situação das rodovias. Contudo, elas começam mesmo num grande programa de recuperação a partir do ano que vem, cumprindo uma das metas centrais do Plano Estratégico.

“ATENDE AOS ANSEIOS DA POPULAÇÃO”!

Há ainda várias medidas cuja intenção é melhorar a qualidade da Educação, da Segurança Pública e dos serviços á coletividade rondoniense. Marcos Rocha elogiou a atuação do seu secretário da casa Civil e de todos os que participaram da elaboração do Plano. E ainda falou em resultados que já estão sendo sentidos; “O Plano Estratégico observa a todos os anseios da sociedade e que são possíveis, conforme o que prometi na campanha.

Esse planejamento foi feito a várias mãos. Temos ações voltadas para o DER com as atenções para o escoamento da produção. Nenhum Estado vai para frente sem ter a melhoria da capacidade produtiva. No momento que o país passa por dificuldades, nós crescemos e, ao mesmo tempo, conseguimos reduzir em 40 por cento, só aqui em Porto Velho, os crimes violentos e em 25 por cento em toda Rondônia”, comemorou. Júnior Gonçalves, no encontro com os Dinos, reafirmou  que não há crescimento, desenvolvimento e melhorias sem um bom planejamento. “Não se governa improvisando”, comentou. O que se espera é que, a partir de agora, o que está no papel passe para a vida real.

“ELAS SÃO PROTAGONISTAS!”

A OAB de Rondônia, entidade que conquistou o respeito de toda a coletividade por sua atuação em defesa da democracia e dos direitos do cidadão, sempre foi inovadora. Nessa semana, marcou mais uma dessas experiências inéditas: pela primeira vez passou a ser presidida por uma mulher. Aliás, o feito tem conotação nacional, na medida em que a posse da advogada Solange Aparecida da Silva, mesmo que interinamente, por um prazo de uma semana, a torna a única mulher a comandar uma subseção da entidade em todo o Brasil. Ela inclusive vai participar, na condição de presidente da OAB rondoniense, da reunião do Colégio e Presidentes Seccionais, que ocorrerá nessa semana, em Brasília. O presidente da OAB, Elton Assis, que passou o comando à sua colega, resumiu tudo, ao falar sobre o acontecimento: “as mulheres não são coadjuvantes. São protagonistas”.

AUDIÊNCIA PELA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

A segunda-feira começa com um evento dos mais importantes na Assembleia Legislativa. A partir das nove da manhã, começa uma audiência pública que vai debater questões relacionadas com a regularização fundiária no Estado, onde hoje, pelo menos 40 mil propriedades estão aguardando documentação. A iniciativa é do deputado federal Lúcio Mosquini, presidente nacional da Frente Parlamentar que trabalha para resolver essa questão, que é, obviamente, um problema nacional, mas que se acentua muito mais na nossa região.

O segundo homem no Ministério da Agricultura, que também é o secretário nacional para assuntos fundiários, Nabhan Garcia, já confirmou presença. Representantes do Incra nacional e outra autoridades estarão presentes. O deputado Laerte Gomes anfitrião do evento, está convidando, junto com Mosquini, a que todos os produtores rurais do Estado e que lutam pela regularização de suas terras, participem dos debates.

A MISSÃO ESTÁ SENDO CUMPRIDA

Uma secretaria que se torna protagonista no atual governo rondoniense, é a Sejucel, aquela dedicada à cultura, aos esportes, e à juventude. O secretário Jobson Bandeira, uma cara nova na administração pública, tem conseguido resultados bastante  positivos,  embora com orçamento curto e muitas dificuldades pela frente. O sucesso da edição deste ano do Arraial Flor do Maracujá, completamente remodelado e com custos muito baixos aos frequentadores, ao contrário dos abusos do passado, por si só já serviriam como cartão de visitas do neo secretário.

Contudo, ele agora anuncia novos passos. Primeiro, a volta da exposição agropecuária de Porto Velho, que acontecerá em outubro. Afora isso, já colocou ao público a liberação de 17 milhões para a construção do Centro de Convenção do Estado, no Parque dos Tanques e, nessa semana, investimentos de quase 980 mil reais para obras de melhorias e modernização do estádio Aluízio Ferreira. Escolhido a dedo pelo governador Marcos Rocha, Jobson está cumprindo sua missão, ao menos até agora, com correção e muito trabalho. Tomara que continue assim!

BR 364: SEM DUPLICAÇÃO, SÓ MAIS MORTES…

Só nessa semana, cinco mortos em apenas dois acidentes. Duas vítimas fatais num deles. Três vidas perdidas em outro. Ambos na região central do Estado. Tudo na mortal BR 364, que continua cada vez mais perigosa, mais cheia de armadilhas, sem dar qualquer tipo de segurança aos motoristas. Claro que há o outro lado da moeda: o desrespeito á sinalização, à velocidade, aos cuidados básicos que todos devem ter no trânsito. Mas é preciso que se bata na mesma tecla: não dá mais para se aceitar termos uma rodovia de qualidade tão ruim, sem ser duplicada. É preciso que a União invista urgentemente na duplicação da 364, ao menos nos trechos mais perigosos, onde as mortes se sucedem mais de uma vez por semana ou que determine logo a privatização, para que a iniciativa privada resolva a questão.

O problema da privatização é que o volume do trânsito no trecho Vilhena/Porto Velho ainda é considerado pequeno, o que poderia significar pedágios de custo altíssimo. Então, que se pense em alternativas em que o Dnit assuma alguns trechos e que outros sejam destinados à privatização. O que não se pode aceitar que é absolutamente nada seja feito para salvar vidas na Rodovia da Morte.

OUTRO ASSASSINO BRINDADO

Por falar em Justiça e injustiças, não há como se calar ante uma sentença pífia, aplicada a um frio assassino, que apenas porque não aceitava a separação, simplesmente enforcou sua mulher e deixou o corpo pendurado dentro de casa. O crime aconteceu há dois anos na cidade de Jorge Teixeira e o assassino foi a júri popular essa semana, em Jaru. Pois mesmo com a frieza do crime; com a crueldade; com a impossibilidade de a vítima se defender e com todos os ingredientes de um crime sórdido e absurdo, o criminoso foi condenado a apenas 13 anos e seis meses de prisão, “inicialmente em regime fechado”.

Ou seja, em breve estará solto de novo. E esse é apenas um exemplo em relação às centenas e centenas de crimes de feminicídio registrados no país, onde os réus são, geralmente, “brindados” com penas brandas. O matador de Jorge Teixeira, em menos de dois anos e meio estará livre, leve e solto. Quem sabe não encontra outra mulher para matar?  Será que essa é a verdadeira Justiça?

PERGUNTINHA

Você acha que a ação do governo federal, com apoio das Forças Armadas, para conter as queimadas no nosso Estado e na Amazônia, diminuíram o fogo e a fumaça ou estamos ainda iguais ou piores do que os índices registrados em anos anteriores?

 

sicoob

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