Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto: Ilustração

A Energisa dá sua versão. Muito criticada, a empresa que comprou a Ceron explica, em detalhes, sobre o valor das contas de energia e ainda, sobre os polêmicos cortes no abastecimento que autoriza. Detalha ainda sua batalha contra os famosos “gatos”.

O presidente da empresa, André Luis Theobald, participou nessa segunda-feira do programa Papo de Redação, com os Dinossauros do rádio, a atração de maior audiência em Rondônia. Respondeu a todas as perguntas dos Dinossauros e a várias outras, enviadas pelos ouvintes de Porto Velho e várias cidades do Estado. Com relação aos novos valores das contas, Theobald explicou que não há reajuste da tarifa cobrada pela empresa, mas sim o de impostos e tributos, que incidem sobre o valor do consumo.

Creditou o aumento de muitas contas ao excesso de calor, que faz com que o consumidor acabe gastando muito mais energia, principalmente com ar condicionado. Lembrou que, do total que o consumidor paga, 80 por cento são repassados para pagamentos desses impostos e para a empresa geradora. Pela distribuição, que é o que ela faz, restam apenas 20 por cento do valor, que é destinado à Energisa.  Ainda, desse percentual, são pagos novos impostos e mais compromissos da empresa, restando a ela um percentual pequeno do pacote geral do valor da conta.

O presidente da Energisa defendeu também as ações da empresa no combate aos “gatos”, ou seja, do roubo de energia. É nessa ação que a empresa tem agido com dureza. Faz os cortes de energia de quem a rouba em qualquer horário, seja em final de semana ou em feriados ou até à noite. Não há outra forma de combater o roubo. André Theobald nega, contudo, que o mesmo critério seja usado para cortes de quem está com sua conta em atraso.

Para ele, não há interesse em cortar energia, mas sim de renegociar e receber os valores a que tem direito. E sublinhou que a Energisa segue rigorosamente toda a legislação, antes de, eventualmente efetuar cortes: avisa o contribuinte, dá prazo para que ele regularize sua pendência e, ainda, só determina o corte pelo menos depois de 15 dias do aviso oficial que o fará. A Energisa não aceita, mesmo, é que mais de 28 por cento de toda a energia que distribui em Rondônia, seja roubada. Por isso, o combate duro às ligações clandestinas; todas elas, se acabarem, podem representar, de imediato, uma diminuição de 5 por cento na conta.

Ele ainda falou nos investimentos que estão sendo feitos e serão feitos a curto e médio prazos no Estado e na abertura de dezenas de postos de trabalho em dez meses, com a perspectiva de contratar mais 600 trabalhadores, a partir de 2020. A Energisa, enfim, começa a falar com seu consumidor. Pode ser esse o caminho para diminuir tantas críticas que se tem ouvido, contra a empresa.

CPI: OS ELEITORES VÃO APOIAR OU NÃO?

Está na mídia e a repercussão, até agora, não tem sido nada boa, no caso em que deputados federais de Rondônia assinaram o pedido de CPI, proposto por deputados lulistas, todos da esquerda, para abrir investigação sobre magistrados e membros do Ministério Público. A intenção é das mais claras: nada de melhorar o país, mas apenas tentar tirar o foco de um criminoso e de seus malfeitos, para tentar criminalizar os atos de quem o colocou no seu devido lugar: atrás das grades.

O quarteto rondoniense embarcou na catilinária esquerdista e é bom que se prepare: serão cobrados por seus eleitores. Mauro Nazif, do PSB, Jaqueline Cassol, do PP, Expedito Neto (PSD) e Silvia Cristina (PDT), apoiam a CPI da Lava Toga. Os outros quatro parlamentares federais (Léo Moraes, Coronel Chrisóstomo, Mariana Carvalho e Lúcio Mosquini o líder da bancada), não embarcaram na canoa furada. Eram necessárias 171 assinaturas e foram conseguidas 175. Vamos ver como os eleitores vão reagir a essa posição do quarteto rondoniense.

UMA QUESTÃO VITAL PARA O AGRONEGÓCIO

Foi um grande evento, o registro nessa segunda na Assembleia Legislativa. A iniciativa do deputado Lúcio Mosquini, presidente da Frente Nacional pela Regularização Fundiária e líder da bancada federal de Rondônia na Câmara Federal. O auditório da ALE superlotou, com muita gente interessada em debater o assunto e a mesa principal ficou também cheia de autoridades, do governador Marcos Rocha ao presidente da Casa, deputado Laerte Gomes; dos vice-ministro e responsável pelo assunto no Ministério da Agricultura, Nabhan Garcia a autoridades de todos os naipes.

A questão é vital para o Estado, principalmente pelo que representa em termos de segurança para o agronegócio, hoje o setor que representa o maior percentual produtivo no PIB rondoniense. Milhares de pequenos produtores estão apavorados porque trabalham a terra há anos, alguns há décadas, mas sem qualquer segurança. Só com a documentação da propriedade poderão pensar em investir e crescer. Agora, está nas mãos das autoridades resolver a questão.

“ESSA DOENÇA TEM CURA!”

O governador Marcos Rocha disse que há sim remédio para essa doença, a da falta de documentação das terras rondonienses. Perguntado se esse problema tem cura, ele foi claro: “tem sim. Precisamos recursos e que a União passe para o Estado a responsabilidade e fazer a regularização fundiária. Com isso resolveremos essa situação vital para nosso Estado”. O deputado Lucio Mosquini, que liderou a audiência pública, em parceria com a Assembleia, foi na mesma linha.

Ele lembrou que com 50 milhões de reais, poderemos regularizar mais de 40 mil propriedades no Estado. Considera também que é importante que a União repasse o poder da regularização ao Estado, mas que o faça “em lotes”. Temos, segundo o parlamentar, que dar a documentação para os produtores e moradores de um lote e depois de outro. Se deixar tudo num pacote só, a demora pode ser grande. Enfim, Rondônia começa a tratar dessa doença que, segundo nossas autoridades, tem cura sim! Basta fazer a coisa certa…

TRÂNSITO: UM EM CADA SETE BEBERAM

Praticamente 15 por cento dos motoristas nos 7.410 veículos vistoriados, de janeiro a julho deste ano, na Operação Lei Seca, em todo o Estado, foram punidos de alguma forma. Todos eles ficaram sem suas carteiras de habilitação. Isso mesmo. Dos quase 7.500 motoristas fiscalizados, 1.068 perderam suas carteiras, a grande maioria temporariamente. Alguns poucos não poderão dirigir por longo tempo. Outros a podem perder para sempre, já que caíram várias vezes em blitz e sempre estavam bêbados ou com níveis de álcool no sangue muito acima do que é permitido. Foram aplicadas ainda 4.221 multas.

Ou seja, de todos os carros e motorizados, 57 por cento tinham algum tipo de irregularidade. Ainda se registrou a situação em que 104 motoristas se negaram a fazer o teste do bafômetro e foram levados para a Delegacia. Além desses, outros 1.288 testes do bafômetro deram positivo. Ou seja, praticamente um em cada sete motoristas tinha bebido e estava dirigindo.

Foram recolhidos, nesse período, 1.143 veículos para os pátios dos Detrans rondonienses, a grande maioria da Capital. O número de acidentes caiu, mas ainda é exageradamente absurdo, principalmente em Porto Velho. O Hospital João Paulo II, sempre superlotado, é o depositário das centenas e centenas de vítimas de acidentes. Oitenta por cento dos internados são de motociclistas ou seus caronas. Os motoristas e pilotos de motos continuam matando e morrendo, nessa roda viva mortífera.

DONA RAQUEL ATACA RONDÔNIA

Antes de deixar o comando da Procuradoria Geral da República, a quase ex procuradora Raque Dodge cometeu um ato de desrespeito ao Estado e ao nosso Judiciário de Rondônia. Segundo o site Rondônia Dinâmica, Dona Raquel, à distância, não se sabe baseada em que tipo de informações que recebeu e de quem, considerou que não foram adotadas medidas para pôr fim às mortes envolvendo conflitos agrários por aqui, o que gerou, segundo ela, “inaceitável situação de impunidade e insegurança”.

Ou seja, disse, com outras palavras, que a segurança pública do Estado que teria se omitido e não agido corretamente no combate a tais crimes e estendeu a crítica ao Judiciário, ao afirmar que há “impunidade”. Ela pediu que as questões de conflitos pela terra em Rondônia tenham ações federalizadas, tratadas no Supremo. Dona Raquel sai do comando da PGR cometendo essa heresia contra nosso Estado, preocupada, segundo acentuou, com a imagem do nosso país em cortes internacionais de direitos humanos. Oppss! Esse não é um discurso da parte aparelhada do Ministério Público?

CASSOL RESSUSCITA A EXPOAGRO

O ex governador e ex senador Ivo Cassol voltou em alto estilo. Graças a um trabalho árduo, do tipo que ele gosta de assumir, quando vê pesados desafios pela frente, Cassol praticamente ressuscitou a exposição agropecuária de sua cidade, Rolim de Moura, que estava em vias de extinção.  Quando ele assumiu o comando do projeto da 32ª edição da feira, poucos acreditavam que ela poderia ainda voltar a ter a grandeza que teve no passado, tal a situação de penúria que se encontrava a área que sedia a exposição, quanto às enormes dívidas que ela tinha e, ainda, pela descrença na revitalização do evento.

Usando pessoas que trabalham na sua fazenda; aproveitando cada tostão, no que é especialista, procurando e encontrando parceiros e patrocinadores, Cassol fez a Expoagro retornar, com bom resultado. Num parque revitalizado, com rodeio e show e um público bastante razoável, para uma edição em que esperava pouco, o sucesso no geral, foi enorme. O dedo de Cassol mudou a história da exposição agropecuária de Rolim, que estava prestes a ser morta e sepultada. Renasceu!

SOJA E CARNE, DESTAQUES DA NOSSA ECONOMIA

Um dos nomes de destaque do governo Bolsonaro, a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, vem a Vilhena nesta quinta-feira, 19, para lançar oficialmente o programa de plantio da safra de soja deste ano. Acompanhada pelo governador Marcos Rocha e de várias autoridades, além de produtores rurais, o evento acontecerá na Fazenda Jaqueline, pertencente ao Grupo Masutti, localizada a 15 quilômetros do centro da nossa mais importante cidade do Cone Sul.

Teresa Cristina vai conhecer mais sobre nosso agronegócio, cujos resultados positivos, ano a ano, representaram o maior crescimento do PIB em toda a região norte, nos últimos anos. Soja, milho, madeira e minérios foram os produtos que mais ajudaram no crescimento da agricultura, enquanto nossa carne, que avança cada vez mais nos mercados do mundo e já chega a uma centena de países, se destaca na pecuária e na industrialização dos derivados da criação de gado. Já somos o quarto exportador do país, atrás apenas de São Paulo, Mato Grosso e Goiás. O ministro também vai confirmar a volta das exportações de leite em pó para o Egito e outros avanços dos nossos produtos no exterior.

PERGUNTINHA

Se você fosse deputado federal ou senador por Rondônia, você assinaria uma CPI pedindo investigação sobre decisões e atuações de Promotores Públicos e Magistrados?

 

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