Há quatro meses a Recicla E-wast Company Brasil está em Vilhena, funcionando como ecoponto de materiais tecnológicos.
Sobre a organização de Jorge Rabello gerente operacional e Marlo Antônio diretor de gestão, a empresa tem a finalidade de implantar uma filial que atenda toda a região do Cone Sul.
A Recicla veio como solução ambiental no momento de descarte de resíduos que são extremamente poluentes e não podem ir para o aterro sanitário. Por não ter opção de destinação, a empresa recolhe todo o material, faz uma triagem e o encaminha para Curitiba (PR) onde o lixo é tratado.
Rabello narra que hoje a filial conta com três colaboradores nos ecopontos, mas com o crescimento do serviço, poderá ser ampliado o quadro de funcionários. E a longo prazo há a pretensão de gerar emprego com a criação de um processamento local.
De acordo com o gerente, neste período de funcionamento, a Recicla já recolheu pouco mais de 300 toneladas de resíduos, isso de toda a região, por meio dos pontos de coleta distribuídos pela cidade.
A empresa está localizada na Rua 310, 565, Bairro Vila Operária, atrás da Havan na antiga Madeireira Rutmam.
TRATAMENTO DOS RESIDUOS
Rabello detalha que há uma grande diferença entre o atravessador – aquele que pega partes do lixo eletrônico e descarta o resto no meio ambiente de forma inadequada -, e o destinador final, função da empresa, que reaproveita todo o material na chamada logística reversa.
A empresa atua de forma consciente, buscando não agredir o meio ambiente e trazer soluções seguras e eficazes a população.
FUNDAÇÃO DA RECICLA
Rabello reside em Vilhena há 11 anos, foi secretário de meio ambiente na gestão passada e pela experiência fomentou a implantação da empresa na cidade.
O representante detalha que foi até Curitiba para conhecer a forma de processamento do lixo eletrônico e fechar parceria para a fundação da filial, isso porque ao seu ver, o Sul e Sudeste do país possui muitas empresas que se preocupam com essa questão.
O gerente operacional pontua que foram muito bem recebidos em Vilhena. “Estivemos com o Ministério Público junto com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), tivemos reuniões na prefeitura com a Secretaria de Indústria e Comércio e de Meio Ambiente, dali surgiu a parceria”.
A proposta da prefeitura por meio do SAAE é fazer um contrato de cooperação sem ônus, onde não visa lucros para nenhum dos lados. No acordo, a prefeitura entregará o material até o ponto de trabalho e a empresa ficará responsável pela destinação adequada do lixo eletrônico, além de certificar os itens recebidos.
Rabello enfatiza ainda que com a ação, os municípios de Cacoal, Colorado, Cerejeiras, Corumbiara, Alta Floresta, Urupá estão abraçando a ideia e tem a pretensão de implantar filiais para recolhimento dos lixos.