O delegado Núbio Lopes, responsável pela Delegacia Especializada na Repressão de Crimes Contra Vida (DERCCV), apresentou na manhã da sexta-feira, 31, mais um caso elucidado, em Vilhena. O crime estava relacionado a outro caso de homicídio ocorrido pouco tempo antes.
AS INVESTIGAÇÕES
De acordo com o delegado, apurou-se que no dia fato, 29 de maio de 2019, dois homens em uma motocicleta emboscaram a vítima, sendo que o que estava na garupa desceu e disparou diversas vezes contra a Marcelo Lucas, de 37 anos, que morreu no local (leia mais AQUI).
Núbio revelou que o mandante do assassinato foi um homem identificado como Diego Brites, conhecido como “Patraozinho”, de 28 anos.
Ele teria contratado M.S.G, vulgo “ Mau Mau”, de 26 anos, para executar a vítima e pagaria pelo serviço o valor de R$ 40 mil. Também participaram no crime, A.F.S, vulgo “ Pitbull” de 26 anos, M.A.S., de 34 anos, chamado por “ Lorota” e W.M, o “Japão”, de 28 anos.
COMO COMEÇOU
Para entender o caso, foi preciso investigar outro caso de um homicídio ocorrido no dia 07 de abril, em que o procurador da Câmara de Vereadores de Cacoal, Sidney Soteli, foi assassinado, e outros que aconteceram na Região de Ministro Andreazza. Apurou-se que há tempos ocorreu uma briga entre as famílias Brites e Soteli, que resultou em diversas mortes de ambos os lados.
Segundo o delegado, Marcelo Lucas seria a “mão de ferro” de Sidney e teria comentado que iria matar “Patrãozinho”. Porém, Diego descobriu das ameaças e conseguiu levantar através de advogado o paradeiro de Marcelo em Vilhena.
A EXECUÇÃO
Com isso, os capangas de Patrãozinho monitoraram a esposa da vítima, descobriram a casa em que morava e viram Marcelo. Depois seguiram ele até local de trabalho e com essas informações planejaram a execução da vítima, que foi assassinada próximo ao local em que trabalhava. Dias depois do crime, “Mau Mau”, Lorota e Japão foram presos em Cacoal, em uma residência onde foram apreendidos um veículo Ford Ka e várias armas.
DESFECHO
A polícia solicitou o exame de balística das armas e confirmou que os projetis eram as mesmas na execução de Marcelo, elucidando assim o crime ocorrido em Vilhena.
Por outro lado, 90 dias após o assassinato de Marcelo, dois homens invadiram a casa de “Patrãozinho”, em Ministro Andreazza, e o mataram a tiros ao lado do irmão.
Núbio finalizou que o caso foi encerrado, com executor e os participes da execução de Marcelo permanecendo presos.