Na tarde de terça-feira 22, o deputado estadual Chiquinho da Emater (PSB) usou a tribuna, durante sessão ordinária, na Assembleia Legislativa de Rondônia para falar sobre o orçamento e a arrecadação do Estado, que segundo ele, teve um aumento considerável este ano.
“Não consigo entender a falta de investimentos na educação, saúde, e infraestrutura, pois a arrecadação apresenta número positivos”, frisou.
O parlamentar tratou também sobre a questão dos venezuelanos refugiados que tomam conta das ruas da capital, em especial da Avenida Jorge Teixeira, pedindo dinheiro, comida e emprego.
“Sabemos que essas famílias já vêm de Roraima, porta de entrada para muitos imigrantes que resolveram deixar a Venezuela, devido à crise econômica, política e social que assola o país”, lamentou.
Chiquinho informou que encaminhou ofício à Secretária de Assistência Social de Rondônia (SEAS), Luana Oliveira Santos, para saber que tipo de trabalho está sendo feito para minimizar o sofrimento dessas pessoas, e se existe algum plano de atuação da pasta para ajudar as famílias venezuelanas. “Não podemos deixar nossos irmãos venezuelanos passarem fome em nosso Estado. Percebemos que são famílias inteiras dormindo em abrigos e até nas ruas”.
O parlamentar disse que é visível que muitos são povos indígenas que também fugiram da Venezuela, e não têm condições de trabalhar. Relatou que manteve contato com o Bispo de Porto Velho, e foi informado de que já não há mais espaço para igreja acolher novos refugiados, e que o Estado precisa entrar em ação em prol dessas pessoas.
RIO PARDO
O deputado também lembrou da situação vivida por dezenas de famílias, em Rio Pardo, que foram retiradas pelo Exército Brasileiro e colocadas numa escola, sem a menor condição de atender as necessidades básicas.
“Essas famílias ocupavam uma área ilegal, porém, foram arrancadas de seus lares e jogadas nesta escola. Lá eles também precisam de alimento, remédio, e o mínimo de conforto”, anunciou.
Chiquinho enfatizou que é preciso tomar uma atitude em relação a situação dessas famílias. “Resolver esse problema é nossa prioridade, e o Estado precisa agir, de forma imediata”, encerrou.