Essa foi uma das primeiras constatações dos parlamentares durante os depoimentos na CPI da Energisa dos representantes dos órgãos de proteção do consumidor, especialmente os representantes do Instituto de Pesos e Medidas- IPEM e do Procon”, afirmou Cirone Deiró que é titular da Comissão Parlamentar de Inquérito- CPI que foi criada para investigar os possíveis abusos da empresa concessionária de energia contra os consumidores rondonienses.
De acordo com o parlamentar, a presença da CPI da Energisa nos municípios de Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena vai permitir aos diferentes segmentos da sociedade rondoniense acompanhar mais de perto os trabalhos desta importante comissão que está trabalhando para assegurar os direitos dos consumidores rondonienses.
Cirone lembrou que as reclamações contra a Energisa estão em todos os setores da economia e também em todos os segmentos da sociedade. “Em todas as visitas, reuniões e eventos em que participo, sempre tem alguém me relatando fatos relacionados aos abusos da empresa em relação a prestação de serviços”, explicou.
Ao fazer um breve balanço sobre os trabalhos comissão, Cirone disse que uma das primeiras descobertas da CPI foi a de que o Procon de Rondônia, um dos principais órgãos de defesa do consumidor ainda não tinha notificado a empresa. “Durante depoimento na CPI, os representantes do Procon alegaram falta de estrutura e de pessoal para cumprir com as atribuições daquele importante órgão de defesa do consumidor. Essa realidade deixou os consumidores desamparados em relação aos seus direitos, especialmente no que diz respeito a prática dos abusos praticados pela concessionária de energia”, afirmou.
Para o deputado Cirone Deiró a situação era ainda mais grave no Instituto de Pesos e Medidas- IPEM, apesar da lei que criou o órgão impedir a prestação de serviços a concessionária de energia elétrica, o IPEM estava produzindo relatórios que eram usados pela Energisa contra os consumidores.
Cirone informou que os integrantes da CPI recomendaram a imediata suspensão de todos os serviços prestados pelo IPEM a concessionária de energia. “Essa suspensão trouxe um alívio aos consumidores, porque a empresa usava a estrutura do instituto contra os consumidores”, disse.