Rondônia continua com o território livre da monilíase do cacaueiro, doença que ataca lavouras de cacau e de cupuaçu, causada pelo fungo “Moniliophthora roreri“.
A Monilíase é muito agressiva e pode causar perdas de até 100% da produção de frutos, por isso, anualmente, desde 2013, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron) realiza inspeções em todas as propriedades em que é feito plantio de cacau e cupuaçu.
Neste ano, a agência realizou levantamento em 1.122 propriedades, confirmando a ausência da monilíase do cacaueiro em Rondônia.
MONILÍASE
Os sintomas da monilíase nos frutos são: manchas de coloração chocolate ou castanho-escuro, que aparecem entre 45 e 90 dias após a infecção e posteriormente, pó branco envolta do fruto, que aparece de 5 a 12 dias. Esse pó se solta dos frutos em grande quantidade. Além do cacaueiro, o cupuaçuzeiro e outras espécies silvestres podem ser afetados e transmitir a doença.
A praga ainda não foi detectada no Brasil, mas está presente na América Central, Caribe e, na América do Sul, em países que fazem fronteira com o Brasil, como a Bolívia, Peru, Colômbia e Venezuela, por isso Rondônia é considerada de alto risco para a entrada da praga no país.
A praga pode ser levada pelo vento, chuva, insetos e animais silvestres, mas somente através do homem pode ser levada a grandes distâncias, através de material contaminado, como roupas, utensílios, sementes, frutos etc.
Caso algum produtor encontre algum fruto com suspeita da doença, os frutos não devem ser retirados da planta. O local deve ser isolado e o produtor deve comunicar a Agência Idaron o mais rápido possível pelo site ou pelos telefones 0800 643 4337/ 0800 704 9944.