A semana de matrículas nas escolas da rede municipal começou com uma cena que tem se tornado rotineira nos últimos anos: a formação de longas filas na porta das escolas e creches, com pais até mesmo pernoitando em alguns estabelecimentos para garantir a vaga aos filhos na escola pretendida.
Porém, na avaliação do autônomo Antônio José de Oliveira Júnior, o “Junior Pintor”, que visitou a redação do Extra de Rondônia na manhã desta segunda-feira, 13, essa situação é vergonhosa e decorre da falta de investimentos na educação, cuja rede não é ampliada há muito tempo. “Com isso fica essa correria todo início de ano, e desta vez não foi diferente”, avalia.
Junior Pintor diz que ele e “muita gente da cidade” não consegue entender por que não há nenhum esforço da administração em ampliar as escolas existentes ou mesmo se investir na construção de novos estabelecimentos. “A cidade cresce, a população está aumentando, mas a rede municipal de ensino continua do mesmo tamanho. É claro que isso acaba gerando essas filas e este absurdo que obriga as pessoas a dormir ao relento para conseguir uma vaga para o filho estudar”, afirma.
Ele argumenta que há verbas disponíveis na Educação, “tanto que contratam empresas e comprar veículos na última hora para poder aplicar o dinheiro, mas ninguém se preocupa em fazer as coisas direito”, dispara. Para o militante político, o “prefeito atual só administra com a língua e pelas redes sociais, mas nada de ação concreta significativa”.
Junior acredita que aquilo que considera como “falta de zelo com a Educação se deve a influência do mentor político do prefeito, que segue a mesma cartilha do ex-governador Ivo Cassol, que também pouco investia nesta área”.
Para ele o mais absurdo é ver matérias postadas no final de semana pela imprensa local não só mostrando as filas nas escolas, mas também a própria secretária municipal de Educação, Vivian Repessold visitando os colégios e interagindo com os pais. “Eles deveriam é estar elaborando formas de evitar que este absurdo se repita ano após ano”, encerrou.