O delegado regional da Polícia Civil de Vilhena, Fabio Campos, em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 16, nas dependências da Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp), tirou dívidas quanto ao papel da imprensa com o relacionado à nova lei de abuso de autoridade.
De acordo com delegado, a lei tem como finalidade não expor a imagem e nem divulgar nomes de alguém detido ou investigado.
Campos salienta que a lei não vai prejudicar o trabalho da imprensa e sim, apenas, estabelecer limites, como nos casos violência doméstica, abusos sexuais e situações que requerem sigilo à publicidade.
“A lei não vai tornar uma ‘caixa-preta’ para a imprensa, o direito público à informação e sim saber a maneira de como tratar a informação”, complementou.
O delegado disse que a lei não é apenas para os investigados ou suspeitos, mas também para as vítimas que, em muitos casos, têm divulgados nomes e imagens
“Ao fazer isso, o órgão de imprensa está divulgando a intimidade da vítima. Porém isso não impedira a imprensa de ter acesso aos Boletins de Ocorrência, em casos como furto, roubo, desde que preserve a imagem da pessoa. Em alguns casos, acredito que divulgar a sigla não será enquadrado como abuso de autoridade. Apenas é uma delimitação que a imprensa deve ter em relação ao direito público da informação”, pontou.
Campos enfatizou que, nos casos em que há provas de que o acusado tenha praticado estupro ou roubo, está com prisão decretada e se encontra foragido, não ficou definido se pode ser divulgado. “Mas, acredito que em casos desta natureza, a imprensa pode divulgar, pois ela é de interesse público”, finalizou.