Vereador Denilson Ramos da Cruz, relator da CPI / Foto: Extra de Rondônia

Crime comprovado. Esta é a conclusão do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) apresentado na noite desta segunda-feira, 16, e aprovado, por unanimidade, na sessão ordinária na Câmara de Vereadores de Chupinguaia.

O caso envolve um funcionário da empresa Cogesan, que era terceirizada do município, e prestava serviços ao Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE).

Conforme as investigações ditas em plenário, o funcionário, que era responsável pela empresa, no momento da entrega das faturas de água nas casas, retirava os códigos de barra de cobrança originais da prefeitura que eram entregues aos consumidores e os substituía por umas da empresa Cogesan.

Assim, o dinheiro pago pelo contribuinte era direcionado à conta bancária do funciinário da empresa (já que ele era responsável) e não ao da prefeitura, lesando os cofres públicos.

De acordo com o vereador Denilson Ramos da Cruz, relator da CPI, a empresa prestou serviços durante um ano, período em que cometeu várias irregularidades, como a adulterações de talões e serviços não prestados, como corte e ligações de água.

Além de Denilson, fizeram parte da CPI as vereadoras Lindaura Ferreira (Relatora) e Márcia do PT (membro).

“Essa empresa presta serviços a vários municípios de Rondônia, mas, em Chupinguaia, não fez um trabalho de qualidade. Tinha três funcionários. E o desvio de dinheiro foi comprovado nas investigações da CPI. O dinheiro deveria cair na conta da prefeitura, já que a empresa, que era terceirizada, recebia, em média, R$ 13 mil por mês”, explicou o parlamentar.

Denilson afirmou que sete pessoas foram ouvidas durante as investigações, entre elas, um secretário da atual administração municipal, 4 funcionários da empresa Cogesan e contribuintes lesados.

Garante que cópias da investigação serão encaminhadas ao Ministério Público e à prefeitura. Contudo, disse que a Polícia Civil já instaurou inquérito sobre o caso.

PROVIDÊNCIAS

Para Denilson, a prefeitura deve tomar a iniciativa e buscar uma solução. “A prefeitura deveria solicitar a ressarcimento para devolução aos contribuintes. Tem mais de 10 meses que não se entrega talões.  A empresa não investiu nada no município, e só faturou em 1 ano. Foram vários deveres que não foram cumpridos”, finalizou.

sicoob

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