O setor comercial de Vilhena está começando a sentir o impacto gerado pela pandemia do coronavírus.
No centro da cidade, é fácil perceber que vários comércios estão sem movimento desde a segunda-feira, 16, e as vendas caiu com mais força ainda, após autoridades municipais de Saúde informarem, no último domingo, o primeiro caso suspeito de coronavírus em Vilhena.
Em Rondônia, os casos suspeitos somam 52. Porém, nenhum deles ainda confirmado.
Até esta quinta-feira, 19, quatro casos suspeitos foram informados em Vilhena (leia mais AQUI e AQUI).
A reportagem do Extra de Rondônia foi às ruas, às 11h30, para conversar com profissionais de vendas em algumas lojas da Major Amarante, principal avenida da cidade.
A gerente de uma loja de calçados, Tatiana Gonçalves, afirma que as vendas caíram pela metade nesses três dias e teme que a situação gere demissão de empregados. “Se isso continuar, não teremos outra saída que diminuir o quadro de funcionários”, completou.
O comerciante Michael Vargas, responsável por um estúdio fotográfico, percebeu que os clientes estão evitando de sair em casa, e isso acaba atingindo as vendas.
“Na minha loja, o movimento caiu mais de 40%; se ficar assim, serei obrigado a fechar a loja e devolver o prédio. Só as farmácias estão conseguindo manter o movimento devido à venda de produtos necessários para prevenir a pandemia, como álcool e gel”, frisou.
De acordo com a Associação Empresarial e Comercial de Vilhena (Aciv), reunião a postas fechadas ocorrerá hoje entre o prefeito, Ministério Público, vereadores, e alguns empresários para debater medidas que possam atenuar a crises econômica do setor comercial da cidade.
GOVERNO PROPÕE REDUÇÃO DE SALÁRIOS E JORNADA
Em nota publicada na quarta-feira, 18, a equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro propôs medidas para atenuar a crise gerada pela epidemia do coronavíruas, que incluem a redução proporcional de salários e a jornada de trabalho.
Essas medidas fazem parte de um pacote do governo para evitar demissões de trabalhadores devido à queda na atividade econômica que já é observada no país, mas que pode se agravar nas próximas semanas, gerada pelo coronavírus.