Foto: Ilustrativa

Uma pesquisa divulgada nesta semana pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) mostra que 33% dos transportadores do país já fizeram demissões devido à pandemia do novo coronavírus.

Esse número será ainda maior no fim deste mês, 42,8%, se as condições atuais do setor se mantiverem.

Os dados fazem parte da segunda rodada da Pesquisa de Impacto no Transporte, que tem foco nas relações trabalhistas. Do total de transportadores que ainda não demitiram, 18,1% pretendem realizar cortes até 31 de maio.

O levantamento foi realizado com 600 empresas de transporte de cargas e de passageiros de todos os modais, entre os dias 20 e 24 de abril.

O presidente da CNT, Vander Costa, afirma que são necessárias ações mais efetivas para evitar o agravamento da situação do setor, deteriorado pela quarentena imposta em todo o Brasil.

“Apesar de entender a importância das medidas já adotadas para reduzir os impactos da crise, os transportadores acreditam na necessidade da aplicação de medidas de apoio mais consistentes. É fundamental que elas sejam aplicadas a todas as empresas, independentemente de seu porte. Só assim será possível assegurar empregos e manter a operação dos serviços de transporte, essenciais para o abastecimento do país”, afirma.

Segundo a entidade, o cenário poderia ser ainda pior caso não houvesse as alternativas previstas na medida provisória n.º 936/2020, que prevê a possibilidade de suspensão temporária dos contratos de trabalho e de redução da carga horária com proporcional redução de salário.

Suspensão ou redução salarial

Para evitar cortes no quadro de pessoal, dos transportadores entrevistados, 47,5% já suspenderam ou pretender suspender, temporariamente, os contratos de trabalho nos próximos 30 dias.

Dos que já suspenderam, 52,5% realizaram a suspensão do contrato de até 49 empregados; e 23,2%, de cem ou mais empregados.

Além disso, 47,9% poderão reduzir a carga horária dos seus empregados até o final de maio.

Entre os transportadores que optaram pela redução da jornada de trabalho com proporcional redução salarial, 60,8% decidiram pela redução de 25%; 49,7%, pela redução de 50%; e 30,7%, pela redução de 70%.

sicoob

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