(ANSA) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quarta-feira (3) que retomou os testes com a hidroxicloroquina em pacientes infectados com o novo coronavírus (Sars-CoV-2).
O medicamento estava temporariamente suspenso do ensaio clínico desde o último dia 25 de maio, após um estudo da revista científica “The Lancet” indicar que não havia benefícios no uso da droga para combater a Covid-19.
Ontem, no entanto, a publicação compartilhou um “manifesto de preocupação” com as informações da pesquisa e disse que uma auditoria está sendo realizada.
A medida foi anunciada pelo diretor-geral da agência da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva habitual sobre a doença. “Com base nos dados disponíveis sobre mortalidade, o comitê recomendou que não há razões para modificar o protocolo de testes”, disse.
Segundo ele, a decisão foi tomada baseada em dados adquiridos pela OMS, no projeto Solidariedade, com os resultados dos testes dos pacientes que tomaram a hidroxicloroquina. A iniciativa conta com dezenas de países, que são responsáveis por recrutarem voluntários infectados para testar a eficácia de possíveis medicamentos.
Durante a coletiva, Tedros ainda ressaltou sua preocupação com o avanço do novo coronavírus nas Américas Central e do Sul.
Máscaras
A médica Maria Kherkova, da OMS, por sua vez, ressaltou que o uso das máscaras por si só não é suficiente para evitar a contaminação pela Covid-19. De acordo com ela, as proteções devem ser usadas como parte de uma estratégia geral contra o vírus.
“A máscara é fundamental em situações em que a distância social não pode ser respeitada”, defendeu Kherkova.
Por fim, a OMS anunciou que, em breve, lançará novas diretrizes sobre o uso de máscaras.