Do animal vivo aos cortes, as cotações dos produtos de origem suinícola tiveram altas consecutivas ao longo de junho, encerrando o mês no positivo.
Segundo colaboradores do Cepea, as valorizações se deram principalmente pelo aumento na liquidez doméstica e externa, fator que aqueceu a cadeia produtiva e elevou a demanda das grandes indústrias por animais no mercado independente.
No contexto doméstico, a reabertura parcial do comércio em importantes regiões consumidoras favoreceu a procura pela carne suína. No mercado externo, colaboradores do Cepea apontam que a demanda chinesa esteve bastante aquecida, o que pode estar atrelado aos contínuos casos de Peste Suína Africana (PSA) na região asiática e também a recentes casos de febre aftosa.
Em maio, China e Hong Kong foram destino de 73,1% dos embarques de produtos suinícolas brasileiros. Apesar da recuperação frente aos meses anteriores, as cotações ainda estão abaixo das registradas no mesmo período de 2019, em termos nominais.
A carcaça suína seguiu a mesma tendência do animal vivo, e para os cortes, as valorizações foram ainda mais intensas, fazendo com que as médias de junho superassem as do mesmo mês de 2019. Além da demanda aquecida, a oferta esteve mais limitada. Agentes do setor relatam que alguns frigoríficos têm funcionado com escalas menores, por conta de medidas sanitárias de prevenção ao coronavírus.