O Ministério Público de Rondônia (MP) instaurou procedimento administrativo com o objetivo de fiscalizar e acompanhar a atuação de órgãos municipais de Vilhena e Chupinguaia no combate e prevenção à proliferação do molusco conhecido popularmente como caramujo africano (Achatina fulica), hospedeiro de vermes, causadores de diversas doenças, dentre as quais a meningite eosinofílica.
O procedimento foi instaurado pelo promotor de justiça Paulo Fernando Lermen, que pediu informações sobre ações de enfrentamento ao problema, registros de atendimentos pelas Secretarias de Saúde de ambos municípios e apresentação de um plano de atuação para o ano de 2021, entre outras providências.
A medida do Ministério Público leva em consideração os riscos oferecidos pelo molusco à saúde da população e, ainda, peculiaridades do Estado para a proliferação da praga.
O Caramujo Africano é originário do leste da África e foi introduzido no Brasil na década de 1980 como uma opção ao consumo de “escargot” (caracóis do gênero Helix). Todavia, o insucesso mercadológico, aliado à falta de predadores permitiram que se adaptasse a diversos ambientes no Brasil, sendo hoje encontrado em 23 Estados.