Durante a sessão da Assembleia Legislativa de terça-feira 21, o deputado Cirone Deiró responsabilizou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) pelo colapso nos serviços do Complexo Hospitalar de Cacoal, provocada pela falta de profissionais para atender os pacientes graves diagnosticados com a Covid-19.
“O número reduzido de trabalhadores da área da saúde tem obrigado médicos e outros profissionais a cumprirem plantão de 48 e até 96 horas. Pacientes que aguardam por procedimentos cirúrgicos estão morrendo porque não tem médicos para realizar cirurgias”, relatou o parlamentar.
Cirone Deiró atribuiu os problemas a falta de um planejamento da Secretaria de Estado da Saúde em relação ao pico da doença. “Desde o dia 20 de março, quando aprovamos o decreto que colocou Rondônia em estado de calamidade pública na saúde, apresentei a necessidade de preparar a macro região II, que atende cerca de 53% da população. Infelizmente, até o momento nada de concreto foi feito em relação ao Complexo Hospitalar de Cacoal”, afirmou.
De acordo com o parlamentar, não há que se falar em aumento de leitos para o Complexo Hospitalar de Cacoal, sem antes, resolver as questões relacionadas a falta de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares e profissionais da área administrativa.
“Os técnicos da Secretaria de Estado da Saúde e toda a equipe do governo precisam reconhecer que a contratação de novos profissionais é uma das principais estratégias para o enfrentamento da Covid-19. Diariamente temos médicos e outros profissionais sendo afastados por estarem contaminados pela Covid. Essa tem sido a realidade do Complexo Hospitalar de Cacoal”, assinalou.
Segundo o parlamentar, a equipe da Secretaria de Estado da Saúde tem que dar uma resposta imediata para resolver esse problema que coloca em risco a vida da população. “Pacientes com outras patologias graves, estão morrendo porque não conseguiram atendimento médico. E a Secretaria de Estado da Saúde é responsável pelo êxito das ações no atendimento à população, e também pelo fracasso nesse atendimento, a exemplo do fracasso que temos vivenciados no Complexo Hospitalar de Cacoal”, finalizou.