Laerte Gomes, presidente da Assembleia Legislativa de RO / Foto: Extra de Rondônia

O presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Laerte Gomes, visitou a redação do Extra de Rondônia na manhã desta quarta-feira, 5, momento em que fez um balanço de suas ações nesses 1 ano e 7 meses à frente do Poder Legislativo Estadual.

Gomes, que cumpre agenda política em Vilhena, explica que, após assumir a presidência, em fevereiro de 2019, com pouca estrutura e recurso em caixa, iniciou uma série de ações, priorizando na economicidade da Casa, com o corte de despesas como alugueis, contratos e veículos, ampla reforma administrativa, diminuindo 50% dos cargos administrativos na ALE e equiparação das vagas com concursados, para dar mais eficiência à gestão.

Afirmou que, no primeiro ano à frente da ALE, a economia foi de mais de R$ 50 milhões. E que nestes sete primeiros meses de 2020, o valor passa dos R$ 70 milhões.

“Já devolvemos R$ 37 milhões para Estados, sendo R$ 4 milhões de doação através de convênio para o hospital do Amor, R$ 2 milhões para o hospital São Daniel Comboni, de Cacoal, e R$ 1 milhão para o Santa Marcelina. Mais R$ 10 milhões alugamos 61 leitos no hospital do Amor para combate ao covid-19, e mais R$ 20 milhões para serem distribuídos aos municípios, via convênios, em qualquer ano”, ressaltou.

Gomes afirma que sua gestão tem priorizado na celeridade dos projetos enviados pelo governo. “O governador não tem o que reclamar da Assembleia Legislativa, já que mais de 90% dos projetos foram votados e aprovados; logicamente alguns projetos foram rejeitados, porque não era o momento de serem analisados, como o financiamento de R$ 30 milhões de dólares para a Sefin, para investir em tecnologia. Nós entendemos que esse não é o momento”, salienta.

Ele também disse que outro projeto muito comentado é a que beneficiaria a Energisa. “Houve denúncia sobre isto. Fomos analisar o projeto e descobrimos que a Energisa foi utilizada como ‘pano de fundo’ e que beneficiaria umas 213 empresas que devem algo de R$ 10 bilhões e queriam R$ 6 bilhões de isenção do Estado. Isso é inadmissível. Os deputados iam a reprovar esse projeto, mas o governo decidiu retirar antes. A ALE está indo num caminho bom de austeridade e os recursos que devolvemos melhorando em investimentos para os municípios de Rondônia”, garante.

OPERAÇÃO DA PF NA SAÚDE

Sobre este assunto, o presidente do Poder Legislativo afirma que denúncias neste sentido foram feitas por parlamentares e que a ALE vai dar uma resposta à sociedade. O caso se refere a ação deflagrada pela Polícia Federal em 30 de julho visando desarticular esquemas de fraudes na aquisição emergencial de testes rápidos para diagnóstico da Covid-19, por parte da Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia (SESAU), que resultou no cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão (leia mais AQUI).

“Convocamos o secretário estadual de saúde, Fernando Máximo, e levou toda sua equipe, e os deputados fizeram a denúncia, tanto dos R$ 21 milhões e R$ 10 milhões dos testes rápidos que foram comprados pelo governo. A ALE deve abrir algum procedimento junto aos órgãos de controle para dar uma resposta satisfatória à sociedade”, pondera.

VICE-GOVERNADOR

Gomes também comentou a operação desencadeada pela Polícia Federal nesta semana com o objetivo de desarticular grupo criminoso responsável pela prática de fraudes tributárias envolvendo empresas de café ligadas ao vice-governador de Rondônia, Zé Jodan, em Rolim de Moura.

“É uma denúncia gravíssima, mas que também foi feita através da ALE. É uma pessoa pública. O vice-governador, em nota, disse que essa denúncia não tem nada a ver com a questão pública, que se devem a empresas dele, mas o dinheiro é público, porque o imposto é do cidadão. É a mesma coisa do Estado roubar uma prefeitura. Ele deve explicações mais fortes à sociedade rondoniense, que inclusive uma operação com bloqueio de bens e pedido de prisões”, frisa.

E completou: “Inclusive, esta semana ouvi uma entrevista do governador Marcos Rocha dizendo que aqueles que estiverem envolvidos vão ser imediatamente punidos. E eu espero que realmente aconteça, porque o governador foi eleito numa manta de seriedade, pulso firme, corrupção zero e esperamos que ele afaste os envolvidos para ter mais transparência na apuração dos fatos”.

PRÉ-CANDIDATURA EM JI-PARANÁ

Sobre uma possível disputa a prefeito no município de Ji-Paraná, Laerte disse que está ouvindo lideranças, parceiros políticos e simpatizantes, já que a decisão só será conhecida após dialogar com todos.

“Mas estou preparado para ser pré-candidato a prefeito e assim, caso aprovado em convenção e eleito, fazer uma gestão eficiente em Ji-Paraná. Mas, se assim não for, continuaremos ajudando Ji-Paraná junto à ALE, já que é o município onde eu moro e pretendemos continuar esse grande trabalho”, encerrou.

 

 

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