O desemprego na pandemia atingiu, na última semana de agosto, o maior patamar da série histórica, iniciada em maio, segundo a Pnad Covid19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid), divulgada nesta sexta-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa de desocupação ficou em 14,3% no período, atingindo 13,7 milhões de pessoas no Brasil.
A coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira, afirma que, em maio, a taxa era de 10,5% e que a alta foi motivada por variações negativas da população ocupada e pelo aumento de pessoas que passaram a buscar trabalho.
“No início de maio, todo o mundo estava afastado, em distanciamento social, e não tinha uma forte procura [por emprego]. O mercado de trabalho estava em ritmo de espera para ver como as coisas iam se desenrolar. As empresas estavam fechadas e não tinha local onde essas pessoas pudessem trabalhar. Então, à medida que o distanciamento social vai sendo afrouxado, elas vão retornando ao mercado de trabalho em busca de atividades”, afirma Maria Lucia.
O IBGE diz que o número de pessoas ocupadas que estavam afastadas do trabalho por causa do isolamento social foi reduzido em 363 mil e esse contingente passou a 3,6 milhões, o que representa 4,4% de toda população ocupada (82,2 milhões).
Dos 76,1 milhões de pessoas que estavam ocupadas e não foram afastadas do trabalho, 8,3 milhões trabalhavam remotamente.
Atividades escolares
Segundo o IBGE, 7,2 milhões de estudantes não tiveram atividades escolares na 4ª semana de agosto. O número permaneceu estável em relação à semana anterior. As férias foram apontadas como motivo para 970 mil alunos não realizarem atividades escolares.
Já o contingente de estudantes que tiveram essas atividades ficou em 37,4 milhões.