Coluna escrita por Humberto Lago/Foto: Extra de Rondônia

A taxa de inflação nacional baixou a níveis nunca vistos, nos últimos anos. Por outro lado, existem recursos abundantes e excedentes, no mundo inteiro, sem ter onde ser aplicados.

A maioria das nações desenvolvidas está operando com juros negativos, deixando os investidores numa situação agonizante. No corrente ano, nosso país, está havendo uma migração significativa de recursos financeiros da caderneta de poupança para o mercado financeiro, por absoluta falta de opções (são bilhões de reais, mensalmente).

A conjugação desses fatores está levando um número crescente de empresas brasileiras a ingressarem no mercado de capitais, via bolsa de valores, onde os custos de captação são bem  inferiores aos praticados pelos bancos. São empresas dos mais diversos ramos de atividade e porte econômico, abrangendo inclusive empresas familiares, de norte a sul.

As organizações interessadas em ingressar na bolsa de valores terão, basicamente, dois tipos de custos financeiros: um inicial e único, por ocasião do lançamento das ações no mercado de capitais; e um outro, anual, relativo ao pagamento de dividendos.

A prática tem demonstrado que, dependendo da lucratividade da empresa e de sua solidez estrutural e financeira, bem como do montante financeiro a ser buscado, existem boas possibilidades de ingresso na bolsa.

Do ponto de vista cultural, entendo que o presente momento é de marcante progresso no nosso mercado de capitais. Só agora estaremos entrando nessa fase, devido à conjugação dos fatores acima citados. Vejo com otimismo a evolução do nosso país, nesse aspecto, proporcionando avanços significativos tanto para os investidores, para o crescimento das empresas, para a solidez e democratização do mercado de capitais.

Uma das coisas que mais me entusiasmam nesse processo, são: 1.-A credibilidade que passaram a ter as Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados do Exercício); o envolvimento de firmas de Auditoria Externa validando a autenticidade dos números e da situação econômico financeira das empresas; o rigor técnico da Bolsa de Valores; a atuação firme do Banco Central, e a existência de Intermediários Financeiros competentes e experientes.

Esta restauração de valores, este resgate de princípios técnicos e éticos, esta valorização da contabilidade e a presença de auditores externos, são fundamentais para o sucesso do mercado. Espero que esta semente germine e frutifique. Já era tempo de nosso país ingressar nesse moderno estágio de negócios, pois o mundo econômico está cada vez mais integrado e observando regras comuns que se mostraram adequadas e eficazes. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.

sicoob

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