Produtores de Rondônia iniciaram o plantio de soja da safra 2020/2021. A expectativa de plantio para o próximo ano é de 420 mil hectares, podendo chegar a 3.600 mil quilos por hectare de produção de soja, com uma média acima de 56 sacas. A largada do plantio da soja no Estado foi realizada na Fazenda Azamo, no distrito de Jaci-Paraná, em Porto Velho.
A cultura no Estado está presente em 348,4 mil hectares e, em 2019, atingiu uma produção de 1.233,7 toneladas. A produtividade média em Rondônia é de 3.541 kg/ha, variando positivamente em 6,5%, comparando com a safra passada. A produção apresentou aumento de 11,2%, reflexos do aumento da área e produtividade.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura (Seagri), Evandro Padovani, o Estado de Rondônia é o terceiro maior produtor de soja da região Norte. “Hoje a soja é a principal cultura que movimenta a economia do Estado, representando 13% do Valor Bruto da Produção (VBP). Por ano, a área de produção cresce em torno de 20% em Rondônia e poderá chegar a um milhão de hectares nos próximos cinco anos”, disse Padovani.
Considerando as últimas duas safras, a exportação de soja de Rondônia superou os $ 411 milhões (dólares) com a venda de mais de 3,8 milhões de toneladas, tendo a Holanda, Espanha, Turquia, México e China como principais compradores, segundo o Ministério da Economia. Conforme mostra o gráfico comparativo, elaborado pela equipe de Agrodados da Seagri, entre os resultados de 2019 e 2020 quanto ao destino da soja de Rondônia, mostra que ao tempo em que ocorre redução na exportação para a Holanda, detecta-se aumento de exportação para os demais países com destaque para o mercado chinês.
De acordo com o economista da Seagri, Avenilson Trindade, o cultivo e a produção de soja têm importância histórica para o Brasil. A oleaginosa foi introduzida no país no início do século XX, porém seu desenvolvimento se deu a partir da década de 1970, para atender ao mercado internacional de óleo comestível. Até hoje o objetivo principal da comercialização do produto é atender ao mercado internacional, notadamente o mercado chinês, absorvendo 78% da soja brasileira, segundo dados do Ministério da Economia.
“O cultivo da soja foi se expandindo da região Sul para o norte do país, ocupando o que chamamos de “fronteira agrícola”. A soja vem tomando áreas antropizadas e muitas vezes abandonas pelo desgaste da criação de gado e outros culturas. O cultivo vai transformando as paisagens nacionais e aumentando cada vez mais a sua importância para a economia brasileira”, explicou.
O crescimento na safra 2019/2020 foi da ordem de 3% alcançando quase 37 milhões de hectares, conforme mostra os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab 2019). O fato é explicado pela forte liquidez do produto na comercialização e nas expectativas futuras de preços no mercado.