De acordo com o novo relatório do Rabobank sobre perspectivas para o agronegócio brasileiro, os preços da soja seguem fortalecidos em 2021. Dentre os fatores do recente suporte das cotações da soja no mercado internacional, destaca-se a forte demanda chinesa como determinante para essa retomada nos preços.
“O início da reconstrução do rebanho suíno chinês após as fortes perdas decorrentes da Peste Suína Africana já era naturalmente um motivo que levaria ao crescimento das importações chinesas. A estimativa do Rabobank é que o esmagamento de soja na China terá 8,3% de crescimento – de 90,5 milhões de toneladas no ciclo 2019/20 (outubro/19 à setembro/20) para 98 milhões de toneladas na safra 2020/21. As importações chinesas nessa estimativa tendem a alcançar 100 milhões de toneladas pela primeira vez na história”, comenta o banco.
Em meio à forte valorização da soja no mercado internacional, o Brasil, ainda que com atrasos, semeia a safra 2020/21. “Além dos movimento em Chicago, a significativa desvalorização da taxa de câmbio resultou em patamares de preços extremamente atrativos ao produtor para esse próximo ciclo. Analisando os contratos de vendas antecipadas (janeiro/20 à outubro/20) para entrega em março/21, a estimativa é que o valor ponderado tenha alcançado R$ 89/saca em Mato Grosso, 30% acima do observado nesse mesmo período do ano passado”, completa.
Como ponto de atenção, o Rabobank indica o impulsionamento do esmagamento de soja no Brasil para 45,4 milhões de toneladas em 2021, em caso de confirmação de mistura mandatória de 13% de biodiesel no diesel em 2021 somada a retração vendedora do produtor argentino por questões cambiais.