Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto:Reprodução

Foram pelo menos 30 anos. Talvez até um pouco mais. Por que uma obra tão importante, vital para a economia de uma cidade e, até para um Estado, demorou tanto tempo para ser concluída? Ora, não tinha dinheiro. Ora, a obra era inviável.

Ora, um nível de governo (Prefeitura), empurrava o problema para o outro (Governo) e vice versa. Todos os políticos só concordavam em época de eleição, quando prometiam realizar a obra, mas, é claro, fechadas as urnas, o problema era esquecido. Foi mais de duas dezenas de vezes em que a população fechou a via.

Grandes empresas ameaçaram ir embora. Algumas foram. Finalmente, mais de três décadas depois, surgiu alguém com coragem e que cumpriu a palavra dada. O governador Marcos Rocha, poucos dias depois de assumir, prometeu a empresários sediados na famigerada Estrada do Belmont, que a asfaltaria, antes do final do seu segundo ano de mandato. Todos quiserem acreditar, mas a dúvida também era unânime.

Seria mais uma promessa que jamais seria cumprida? Pois não é que dessa vez, um governante cumpriu textualmente sua palavra. As obras de asfalto começaram quando ainda era diretor do DER o Coronel Erasmo Meireles. Por vários motivos, o trabalho não andou.

O substituto, o agora diretor geral Elias Resende, assumiu o posto, recebendo de Rocha a ordem explícita: “termine o asfaltamento da Estrada do Belmont!”. Recebeu a ordem e a está cumprindo à risca. Falta apenas um quilômetro para que todo o asfalto esteja concluído e a Belmont seja inaugurada oficialmente, em meados deste dezembro que está chegando.

Além do desespero dos moradores, que enfrentavam o pó infernal no verão e as alagações no inverno, as péssimas condições da Belmont afetavam o transporte de combustíveis, já que ali, à beira rio, estão instaladas várias empresas que o distribuem na Capital e no Estado.

Caso as empresas decidissem ir embora,  para o Amazonas, por exemplo, (como uma ou outra chegaram a fazer), os cofres rondonienses poderiam perder até 1 bilhão de reais só em ICMS, todo o ano. Isso sem falar em outros tributos. Também por isso a obra é vital. O próprio Elias relata como está a situação da Belmont, hoje.

“A Estrada do Belmont já está com 80 por cento da obra concluída. Nossa previsão de entrega dos cinco quilômetros de asfalto é até dezembro, ou seja, o mês que vem. Estamos fazendo um asfalto de qualidade naquele local. São oito centímetros de espessura. Fizemos levantamento do greid da pista. Usamos pedra rachão e serviço de drenagem. Nossa equipe está trabalhando em meio aos caminhões e isto tem dificultado as ações, visto que não há como restringir o tráfego de caminhões naquela região”.

Nessa semana, Marcos Rocha acompanhou o diretor do DER, numa visita de inspeção à obra. Gostou do que viu. Além de destacar a ação histórica de realizar a obra, não há como não se questionar: por que a Belmont levou mais de 30 anos para, enfim, ser asfaltada?

PERTO DE 4 MILHÕES E 300 MIL DE RECURSOS PRÓPRIOS

Há ainda outra questão importante que não se pode ignorar, em relação a essa obra tão importante para Porto Velho e para toda a região. O custo total, acima de 4 milhões 296 mil reais, é todo bancado com recursos próprios do próprio Governo, via Fonte 100. E a obra, com qualidade e asfalto de oito centímetros, o dobro do que o asfalto normal, custará cerca de 1 milhão e meio a menos do que se fosse feito através de licitação.

Mesmo nesse período de chuvas, os serviços continuam, para que o organograma previsto para serem concluídos no dezembro que está chegando, seja cumprido. Se tudo der certo, em breve os empresários do local estarão livres de uma das mais terríveis estradas para escoamento da produção e de riquezas que temos em Porto Velho e, ao mesmo tempo, a população não terá mais motivos para fechar a Belmont, desesperada com a poeira ou com o barro. É daquelas obras públicas que se tem que elogiar e reconhecer como de grande importância. Levou 30 anos, mas ficará logo pronta, finalmente!

ALLAMANDA FAZ NOTA CONTRA FAKE NEWS

Não se poderia esperar outra coisa de uma empresa séria como a TV Allamanda, afiliada do SBT em Rondônia. A emissora emitiu uma nota oficial, sobre o episódio que envolveu o envio e distribuição de Fake News, ofensas e calúnias contra o candidato Vinicius Miguel, durante o primeiro turno da eleição e que saiu de um computador de propriedade da empresa. Na nota assinada por sua diretora, Luciana Furtado, a TV Allamanda informou que “contratou empresa especializada em segurança digital a fim de promover o rastreamento, de possíveis violações aos seus manuais de ética e ao seu código de postura através da utilização indevida de equipamentos ou pontos de acesso à rede mundial de computadores”.

Garantiu ainda que “já isolou e identificou o terminal de computador que deu origem ao acesso indevido, bem como o responsável por sua utilização, e já adotou as providências legais e administrativas próprias para a responsabilização do envolvido”. Na nota, Luciana Furtado lamentou o episódio e garantiu “respeito à sociedade e à lisura do processo eleitoral, reafirmando o compromisso do empreendimento de radiodifusão com atuação “ética, moral e proba em todos os atos de sua existência”.

HOJE TEM O ÚLTIMO DEBATE ENTRE HILDON E CRISTIANE

O debate desta sexta à noite, na TV Rondônia/Globo, poderá influir na decisão final do eleitor porto velhense? É uma resposta complexa, mas, a menos que surja um grande assunto, um tema que possa afetar profundamente a campanha de Hildon Chaves, dificilmente o confronto na Globo pode modificar o que os números e pesquisas estão apontando: uma diferença muito grande entre Hildon e Cristiane Lopes.

O primeiro debate, no sábado passado, da SICTV, certamente afetou opiniões, porque a uma semana do pleito, ainda era mais viável a troca de planos e de votos. Em cima da hora, a menos de dois dias, a grande maioria do eleitor já se definiu. E só mudará, caso surja algo de tal gravidade que determine ao eleitor achar que a decisão que havia tomado, estava completamente errada.

Cristiane certamente vai partir para o ataque, mas certamente Hildon e sua assessoria já estão preparados para isso. Vamos acompanhar atentamente, para saber se haverá algo que possa, na cabeça do eleitor, o fazer mudar de ideia em relação ao seu voto do domingo. O debate na TV Rondônia começa depois da novela das nove desta sexta, tendo a jornalista Maríndia Moura como mediadora.

DOMINGO: ELEIÇÃO, DEPOIS DE UMA CAMPANHA CANSATIVA

Está terminando mais uma campanha política. O domingo vai ter eleições em 57 (e não 52, como publicou esse Blog), cidades brasileiras, onde haverá segundo turno para as Prefeituras. Foi um período cansativo, não só para os candidatos, mas também para o eleitorado, que teve que suportar meses e meses de discussões, de lançamento de nomes, de uma verdadeira guerra pelas redes sociais, porque eleição nesse país nunca termina.

Termina uma, começa outra. Pelo menos até a noite da quinta-feira, o quadro na Capital rondoniense continuava o mesmo: Hildon Chaves, ao que tudo indica, está com a faca e o queijo na mão para chegar a um segundo mandato e, somente algo muito forte, de última hora, pode mudar esse quadro. Nem o apoio total do jovem deputado Léo Moraes, um nome muito forte em Porto Velho, ajudou a mudar a situação.

Mas, a desafiante, Cristiane Lopes, fez o que pode com as condições que têm e, logicamente, sairá dessa disputa muito maior que entrou. Tem, sem dúvida alguma, se quiser, uma longa e promissora carreira política pela frente. Hildon Chaves deve ser reeleito, se não surgir surpresa até a votação e terá a missão de cumprir os compromissos que está fazendo com o eleitor. Espera-se que tudo ocorra dentro da normalidade. É bom registrar que é fundamental os cuidados determinados pela Justiça Eleitoral, para evitar mais contaminações pelo coranavírus do que já temos…

INDENIZAÇÃO DE 4 MILHÕES POR “ESPÍRITOS VAGANTES”!

Há coisas que são difíceis de engolir. Como o caso relatado pelo leitor Fillipe Jeferson. Ao ler a informação, veja qual é sua análise sobre alguns exageros que acontecem nesse país, quando há assuntos que tratam das questões  envolvendo índios. Leiam: “a coisa é tão ridícula, que a  Gol já  pagou 4 milhões de reais a índios do Mato Grosso, por causa do acidente com o voo 1907 por danos morais aos índios”.

O acidente aconteceu em 29 de setembro de 2006, portanto há 14 anos,  quando o Boeig bateu num jato, em pleno ar e caiu na selva, no Mato Grosso. Jefferson relata que a indenização foi paga porque, segundo os índios da região, com a queda do avião e a morte de 154 pessoas, a região deles ficou totalmente infestada de espíritos vagantes, que atrapalham os índios em seus cultos.

Detalhe: essa ação foi proposta pelo Ministério Público Federal e acatada pela Justiça. A indenização inclusive ja foi paga”.  Espíritos vagantes? Dá para acreditar numa coisa dessas? Precisa dizer ou escrever mais alguma coisa? Quem quiser mais detalhes, acesse o link: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2017/03/gol-da-r-4-milhoes-indios-por-danos-espirituais-em-acidente-com-legacy.html

DURO COMBATE À INVASORES E LADRÕES DE MADEIRA

O combate à ilegalidades praticadas em áreas de proteção e áreas indígenas, têm sido sim combatidas. Praticamente toda a semana, uma nova ação, uma nova “limpeza” de invasores e madeireiros ilegais é  realizada. Nessa semana, outra operação deflagrada pela Polícia Federal, em área indígena, não só apreendeu madeira ilegal; conseguiu autorização judicial para bloqueio de bens e valores de mais de 6 milhões de reais e a suspensão da atividade de uma dúzia de empresas, todas do ramo madeireiro, que atuavam em áreas indígenas. Afora isso, a Justiça Federal determinou, mais uma vez, a prisão de um empresário que, solto há poucos dias, voltou a cometer os mesmos crimes ambientais.  Essa sequência de trabalhos dos federais busca desarticular organização criminosa, dedicada à exploração ilegal de madeiras oriundas de Terras Indígenas de Rondônia, em especial da TI Tubarão-Latundê, no município de Chupinguaia/RO. Ao longo das incursões realizadas, houve apoio da Polícia Militar de Rondônia, Ibama e Funai.

UMA TRAGÉDIA QUE VAI CONTINUAR SE REPETINDO

Quando se olha na mídia, as fotos de jovens que pereceram num dos piores acidentes de trânsito que o Brasil já assistiu, registrado no interior de São Paulo, aí sim, cai a ficha. Foram 41 mortos, a grande maioria de gente jovem, saudável, cheia de sonhos, projetos, amores, futuro.

A irresponsabilidade que transforma o trânsito brasileiro numa máquina de matar, a impunidade que não responsabiliza ninguém por tragédias como essa, uma das maiores da história do país, em todos os tempos, são ingredientes que dão a certeza de que isso vai se repetir muitas outras vezes. Mais de quatro dezenas de vidas perdidas em segundos, certamente por culpa de uma ou mais pessoas, é algo que não pode ficar impune, como se não tivesse acontecido.

Essa tragédia tem que servir para algo concreto, para que um crime coletivo como esse não se repita mais. Temos que mudar, urgente, a legislação do trânsito. Ou lavar as mãos e deixar milhares de brasileiros morrerem todos os anos, sem que nada mude.

PERGUNTINHA

Você vai esperar o debate desta sexta, na TV Rondônia/Globo para decidir seu voto para a Prefeitura de Porto Velho ou já decidiu e não muda mais?

sicoob

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