O advogado Caetano Netto, presidente da Associação de Defesa dos Direitos da Cidadania em Rondônia, em mensagem enviada ao Extra de Rondônia, comentou o caso do “golpe” à prefeitura de Porto Velho com relação à suposta comercialização de vacinas contra a covid-19, alvo de operação da Polícia Federal nesta semana (leia mais AQUI).
Para ele, basta uma simples consulta em sistema da própria empresa Ecosafe e ou, simples contato telefônico na empresa que fica no Condado de Chester, cidade de Exton, nos Estados Unidos (EUA), população de 5.500 habitantes, para certificar o expediente do suposto golpista que se apresenta como representante da empresa EcoSafe.
Ele disse que a assinatura digitalizada de seu fundador Tim Shannon é tida como falsa.
Caetano, que já morou nos Estados Unidos, afirmou que, após consultar seus contatos no exterior, cair nesse “golpe” é esparrela do suprassumo da ignorância comercial.
Disse ainda que a empresa Montserrat Consultoria, investigada por crime de Corrupção e Lavagem de Dinheiro pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, no caso do “golpe das vacinas”, teria identificado que o suposto representante da EcoSafe vinha oferendo vendas de vacinas contra a Covid-19 do laboratório Astrazenica/Oxford e sua tentativa era conseguir pagamentos, mesmo que em parte de dinheiro no negócio, de forma antecipada.
A tentativa levou dezenas de municípios pelo país afora a entabular a negociação. A denúncia coube a uma prefeitura do interior do Rio de Janeiro que, após contato com EcoSafe e ao próprio laboratório, foi revelado o “golpe das vacinas”.
Ao comentar o caso relacionado à prefeitura de Porto Velho, o causídico garante ser favorável à aprovação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a situação na capital.
“Neste caso, cabe CPI e vamos trabalhar para que seja aprovada na Câmara Municipal da Capital, pois temos fato determinado que assegura sua instalação, já que é necessário e imprescindível sejam investigados os atos que deram a origem da expedição da Carta Crédito de Porto Velho, comprovando depósito de R$ 20 milhões em conta Banco do Brasil, agência de Nova York, como garantia para realização do negócio e tratativa de contrato entre as partes visando receber as vacinas, que nunca aconteceu. A Carta-Crédito de Porto Velho foi o documento de referência, habilitação para empresa Montserrat Consultoria anunciar sua ‘credibilidade’ junto as prefeituras do país afora, o que indica, possivelmente, a participação senão direta, mesmo que indireta, na construção do suposto golpe, já que Porto Velho foi o estopim para as tentativas de vendas das vacinas pelo suposto golpista”, assevera.