Uma situação controversa em que o vereador Vanderlei dos Santos Silva (Republicanos) se envolveu tempos atrás com profissionais que atuam no transporte de passageiros, que protestavam em frente à Câmara Municipal de Porto Velho está se inclinando perigosamente para o lado da censura.
Integrante do meio evangélico e influente no meio cristão, o vereador teve grande parte do prestígio e apoio eleitoral na igreja em que congrega, a Universal, e ao ter seu nome vinculado a congregação em reportagem relatando o incidente, ingressou com processo judicial contra o site que produziu o material, exigindo retratação e indenização de R$ 40 mil.
Na petição o vereador exige que seu nome seja desassociado da denominação religiosa, afirmando que não a representa em sua vida pública, o que soa um pouco como rejeição ao próprio eleitorado que o colocou no cargo.
O bate-boca entre o vereador e motoristas de aplicativo, taxistas e mototaxistas aconteceu em virtude da aprovação do projeto de tarifa subsidiada ao transporte coletivo, assunto que gero protestos nesta categoria e fez com que o parlamentar fosse até desrespeitoso com os profissionais, usando expressões pejorativas que agora também quer contestar na ação.
O caso tramita no 2º Juizado Especial Civil da capital, e o vereador já levou seu primeiro revés no processo ao ter negado seu pedido de tutela de urgência de natureza antecipada incidental.