Durante a audiência pública da Comissão Temporária da Covid-19, de segunda-feira 24, com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC), Marcos Pontes, que debateu o impacto negativo do corte do orçamento e também os investimentos em pesquisa e tecnologia para alternativas na vacinação contra o coronavírus, o senador Confúcio Moura (MDB-RO), assumiu o compromisso de atuar junto ao parlamento para ajudar a incrementar o orçamento da pasta a partir de 2022.
Confúcio Moura que é presidente do colegiado, elogiou os esforços e as estratégias que o Ministério da Ciência e Tecnologia têm tomado para fazer do pouco, muito, e se solidarizou ao clamor de Marcos Pontes para que o Congresso Nacional ajude o MCTIC. “Vamos trabalhar, tão logo abra a Comissão de Ciência e Tecnologia, e que o senhor esteja sempre lá conosco para a gente criar ambiente para o próximo orçamento sair melhor”, explicou.
O ministro lembrou que os investimentos públicos na área de tecnologia e inovação têm caído desde 2013, e que os números podem estar abaixo de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo ele, é um percentual insignificante, se comparado a países como Coreia do Sul e Israel, onde o investimento nessa área está entre 4% a 5% do PIB, ou de nações como os EUA, em que grandes empresas privadas como a Pfizer investem bilhões de dólares numa única vacina, como se deu no combate à Covid-19.
O senador enfatizou que irá se empenhar com antecedência, lutar para que o MCTIC obtenha mais recursos. Segundo ele, sem ciência, sem pesquisa e sem tecnologia, o Brasil não vai para a frente. “Vamos falar em Plenário, falar porque as palavras têm sua força. Vamos batalhar, brigar, colocar emendas, criar caso. Assim é que a coisa vai acontecendo”, pontuou.
Participou também dos debates como convidado o secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência e Tecnologia, Marcelo Marcos Morales.
EM TEMPO
A CTCovid-19 foi criada pelo requerimento do Senado Federal nº 105, de 2021, para, no prazo de 120 dias, que termina no dia 30 de junho, acompanhar as questões de saúde pública relacionadas ao coronavírus, inclusive a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas a essa pandemia.