O mês de julho próximo deve marcar um evento de grande importância para o Estado e principalmente para a sua estrutura de saúde pública.
Em data ainda não confirmada, deve ocorrer o leilão para definir a empresa que, em novembro, vai começar as obras do novo Hospital de Pronto Socorro, o Heuro, em Porto Velho.
Erguido no sistema Built To Suit, sem uso de recursos públicos, o gigantesco prédio será erguido cumprindo todas as orientações técnicas impostos pela área da saúde e será utilizado, depois de pronto, por um prazo de 30 anos, quando então passará a ser propriedade do Estado. O sistema já é aplicado em todo o mundo.
Tem exemplo aqui em Porto Velho: o novo prédio do Judiciário, localizado na rua Pinheiro Machado, onde antes era a sede do Clube Ipiranga. Pelo projeto, o novo Hospital de Urgência e Emergência (Heuro), que, aliás, não se sabe se continuará tendo este nome, terá nada menos do que 399 leitos (o João Paulo II tem apenas 140), dos quais 64 deles será de terapia intensiva. Vai colocar a disposição dos usuários, ainda, 10 salas de cirurgia (o João Paulo tem apenas quatro), com os equipamentos mais modernos.
A intenção do governador Marcos Rocha é de que a obra esteja completamente concluída num prazo máximo de dois anos. Os preparativos começam a se intensificar. Nesta semana, Marcos Rocha e o secretário Fernando Máximo foram à Bahia e a Goiás, para conhecer de perto hospitais semelhantes ao que será construído em Porto Velho. Nos dois Estados, visitaram hospitais públicos de referência, com alto grau de cotação em termos de qualidade dos serviços prestados. Em Goiás, inclusive, Rocha se encontrou com o governador Ronaldo Caiado. Num vídeo, os dois falam sobre a troca de apoios na saúde e, obviamente, trocam também elogios.
Tanto o Governador como o titular da Sesau voltaram entusiasmados com o que viram. Há exemplos claros de hospitais públicos que são referência nacional em atendimento e qualidade de serviços. E é isso que ambos pretendem trazer para Rondônia, quando o novo Heuro estiver de pé, devidamente equipado e, claro, todo equipado com tudo o que houver de mais moderno e que, certamente, será adquirido.
Projetado há pelo menos duas décadas, as obras do Heuro começam a se tornar realidade em breve, ainda antes do final deste ano. Haverá, claro, um longo caminho a percorrer, até porque muitas coisas relacionadas à saúde vão depender da pandemia, de quanto ela ainda vai custar e quanto tempo vai durar. Mas, como disse o governador Marcos Rocha, “estamos pensando no futuro. Vamos revolucionar a saúde pública em Rondônia”, garantiu. Tomara que consiga!
MULHERES DE PMS FECHAM QUARTÉIS. COMANDO GARANTE POLÍCIA NA RUA
O confronto está formalizado. Desde a madrugada do sábado, esposas de PMs, tanto em Porto Velho como em várias cidades do interior, fecharam as portas de alguns dos quartéis, impedindo que seus maridos possam sair para trabalhar, com as viaturas, para dar segurança aos rondonienses. Sem acordo com o governo e como os maridos estão impedidos de fazer greve, são as mulheres – como já ocorreu em outras paralisações – que tomaram à frente dos protestos.
O pano de fundo do litígio está na questão salarial. PMs e Bombeiros, com a liderança principalmente da oficialidade, tanto da ativa quanto dos aposentados e pensionistas, exigem imediato “realinhamento” salarial. O Estado diz que está proibido de conceder qualquer aumento até 31 de dezembro, por causa da legislação federal. Só pode fazê-lo a partir de 1º de janeiro do ano que vem. Os grevistas contestam e dizem que há furos na lei que permitiriam o aumento. No início da tarde de sábado, o comando da PM emitiu nota, prometendo que garante o policiamento normal tanto na Capital como no interior.
A alegação básica é que apenas um quartel teria sido fechado, embora fotos e vídeos já confirmassem que a atuação das mulheres atingia bem mais que uma unidade policial. A crise, ao que parece, ainda vai longe, porque, ao menos até sábado, não havia sinalização de acordo, já que o Estado mantém a informação de que está impedido, legalmente, de atender as reivindicações neste momento. O Palácio Rio Madeira/CPA continua confirmando que a greve tem cunho político, atendendo aos interesses de apenas algumas lideranças.
BAGATOLLI E AMIR LANDO CONFIRMAM SEUS NOMES PARA O SENADO
Como a eleição de 2022 está cada vez mais perto, algumas decisões já começam a ser tomadas. Nesta semana, por exemplo, dois nomes importantes no contexto do mundo político rondoniense confirmaram suas pré-candidaturas ao Senado. Um deles, o empresário vilhenense Jaime Bagattoli, bolsonarista de primeira hora, já era esperado, embora muitos dos seus aliados torcessem para que ele disputasse o Governo.
A grande surpresa da última eleição, quando, de um quase desconhecido na maioria das regiões do Estado, por pouco não tirou a vaga de Confúcio Moura, um político com muito mais lastro no Estado, atingindo mais de 212 mil votos, Bagattoli mira o Congresso, querendo a única vaga para senador a que Rondônia terá direito no ano que vem. Tem o apoio garantido do presidente da República.
Do MDB vem a maior das surpresas. Depois de muito tempo afastado das disputas, o ex-senador e ex-ministro da Previdência, Amir Lando, é nome confirmado por seu partido para concorrer também ao Senado. Nome nacional nos anos 90, quando foi o relator do impeachment do então presidente Collor de Mello, Amir não conseguiu mais voltar a cargos eletivos. Teve uma boa passagem pelo Ministério da Previdência e depois ficou distante por longo tempo. Estará de volta agora, de olho no Senado.
GOVERNADOR DEVE ASSINAR DECRETO PELA VOLTA DAS CIRURGIAS ELETIVAS
Se não houver mudança de planos e de datas, neste final de semana o Governo do Estado deve lançar decreto autorizando a volta das cirurgias eletivas. Mais de 6.400 rondonienses esperam há mais de um ano, desde o início da pandemia, quando toda a estrutura de saúde se direcionou para o combate ao vírus, cancelando centenas de procedimentos que já estavam agendados. Há casos graves entre os que continuam na fila de espera, como do produtor rural que precisa usar duas garrafas Pet na barriga, quando trabalha no plantio, para que uma hérnia não saia para fora.
Ou de uma mulher, pronta para realizar uma cirurgia bariátrica por estar com 112 quilos e agora, um ano depois, ainda aguardando sua vez, já está com 122 quilos. E há centenas de pessoas que precisam, com a maior urgência, de cirurgias de catarata, porque muitas delas correm o risco de perder a visão. O governador Marcos Rocha e o secretário Fernando Máximo ouviram apelos do sindicato médico, do presidente da Assembleia, deputado Alex Redano e todos os demais parlamentares e, enfim, da coletividade. Esperemos que, enfim, saia o decreto e que as cirurgias eletivas voltem já na próxima semana.
PEQUENO ERRO TIRA MANDATO DE EDSON MARTINS. JÁ RENAN, OTTO E AZIZ
Agora é definitivo. Em última instância, não foi reconhecida (foi negado) o último recursos do deputado Edson Martins, do MDB e ele teve a confirmação da cassação do seu mandato, depois de quase 20 anos como parlamentar em Rondônia e sempre com atuação bastante destacada. Obviamente que a lei tem que ser cumprida, mas o que se lamenta é que a perda do mandato de deputado nada tenha a ver com sua atuação parlamentar, mas com um pequeno erro em sua administração, quando ainda era prefeito de Urupá. O uso indevido de uma máquina lhe tirou o mandato dado nas urnas, pelo povo do seu Estado.
É lei, tem que cumprir! Mas a gente fica com um gosto ruim na boca quando vê algo que parece uma enorme injustiça, ao se comparar com casos como os de Renan Calheiros (com pelo menos uma dúzia de processos apodrecendo em gavetas do Judiciário) e de políticos como o de outro senador, Otto Alencar, acusado de desvios de 10 milhões do INSS e até hoje não julgado ou do senador Omar Aziz, acusado de vários crimes. Todos hoje são homens poderosos da Nação, enquanto os processos contra eles criam mofo, atirados em gavetas de onde provavelmente jamais sairão. Já Edson Martins, que cometeu um pequeno erro, perde seu mandato. No seu lugar, assumirá o ex-deputado de Ariquemes, Saulo Moreira.
PELA SEGUNDA VEZ, PANDEMIA CANCELA A RONDÔNIA RURAL SHOW
Pelo segundo ano consecutivo, o Estado perde a Rondônia Rural Show, sem dúvida seu maior evento, que sintetiza a grandeza do seu agronegócio. Planejada e criada no governo de Confúcio Moura, a feira foi crescendo a cada ano, dando um salto ainda maior no primeiro ano da administração Marcos Rocha. O secretário de Agricultura de Confúcio, Evandro Padovani, foi um dos poucos que ficaram no novo governo e, sem dúvida, a realização de feiras ainda maiores da Rural Show foi um dos motivos pelos quais foi convidado a continuar à frente da Seagri.
Em 2019, no primeiro ano do governo Rocha, a Rondônia Rural Show realmente teve um crescimento expressivo, formalizando negócios que beiraram os 750 milhões de reais. A meta para 2020 era, além de internacionalizar ainda mais a exposição do agronegócio, bater na casa de 1 bilhão em negócios. Mas daí chegou a pandemia. Suspensa no ano passado, a previsão é de que a feira voltasse neste 2021 com toda a força. Mas, é óbvio, a realidade dos riscos da doença, que continuam altos, obrigaram a um novo recuo. A Rural Show foi novamente suspensa. Quem sabe em 2022, se a pandemia deixar?
SERVIDORES NEGAM SUPERSALÁRIOS E DIZEM QUE PREFEITO FOI MAL INFORMADO
É óbvio que o assunto iria dar muito pano pra manga. O pedido do prefeito Hildon Chaves para que o MP investigue super salários na Prefeitura foi um dos temas mais quentes da semana que termina. Havia denúncias de servidores que estariam ganhando até 96 mil reais mensais. Salários entre 30 mil reais e 80 mil reais seriam normais, pelo menos para um grupo de cerca de 120 servidores. A reação veio longo. Vários dos funcionários municipais incluídos numa lista de salários acima da lei, protestaram e inclusive ameaçam processar o Prefeito, caso ele não se retrate, porque alegam que as informações estão totalmente incorretas e distorcidas.
O colunista inclusive recebeu o caso de um servidor que, em maio, recebeu mais de 52 mil reais, mas que garante que neste pacote estão férias, direitos adquiridos, inclusive por via judicial e que a diferença de 24.500 (que é o salário do Prefeito e o maior que pode ser pago pelo Município), é devolvida aos cofres municipais. A base da defesa dos que estão sendo apontados como novos ricos, com salários acima do permitido pela legislação, é que as informações que chegaram a Hildon Chaves estão totalmente erradas. O assunto vai longe ainda. Nesta segunda-feira, já se saberá os novos desdobramentos sobre o caso que mexeu com as estruturas da Prefeitura da Capital.
BANDIDOS QUE VENDIAM TERRAS INVADIDAS FORAM PEGOS PELA POLÍCIA
Colocar a mão numa quadrilha especializada em invasão de terras, para depois vendê-las ilegalmente, sob promessa que seriam logo legalizadas, não só recebendo dinheiro, como armas e carros, foi uma vitória importante da polícia rondoniense contra a indústria da invasão e do terrorismo no campo. Foram cumpridos pelo menos 17 mandados de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, contra as principais lideranças e integrantes da quadrilha, nas cidades de Porto Velho, Ji-Paraná, Seringueiras, Mirante da Serra, São Miguel do Guaporé e em Várzea Grande, no vizinho Mato Grosso.
O grupo, certamente aliado a poderosos, mas também a grupos de falsos sem terra. Os criminosos faziam levantamento das áreas para ataques, usando armamento pesado, inclusive algumas armas só autorizadas para as Forças Armadas. Invadiam e depois ofereciam a terra para camponeses e outros investidores, garantindo que tinham esquemas para a legalização da área invadida. As investigações continuam. Pode haver outros grupos envolvidos. Todos estão sob os olhares atentos da polícia rondoniense.
PERGUNTINHA
Você seguiria a orientação do presidente Bolsonaro para que não se use máscaras, a não ser para pessoas contaminadas pelo Coronavirus ou de grande parte dos médicos e cientistas de todo o mundo, que defendem o uso da máscara mesmo para quem já teve a doença e recebeu as duas doses de vacinas?