A sabatina da Secretária Municipal de Ação Social e Trabalho (Semast), Michelle Pavani, na sessão ordinária desta segunda-feira, 14, na tribuna da Câmara, continua dando o que falar na cidade de Cacoal.
Isso porque a maioria dos parlamentares se dedicou a elogiar a titular da Semast, ao invés de fazer questionamentos com relação à perícia, da Polícia Federal (PF), no computador utilizado no polêmico sorteio das casas populares do Residencial “Cidade Verde”, realizado no final de dezembro de 2020.
Na tribuna, a secretária chorou, o que emocionou a plateia, arrancando aplausos dos presentes e até mesmo dos próprios edis (leia mais AQUI).
Mas, para o vereador Valdomiro Corá (MDB), autor da convocação, o choro de Pavani foi em vão e é de “gente dengoso”, responsabilizando ela e o prefeito Adailton Fúria (PSD) pelo drama vivido pelas 300 famílias beneficiadas com as casas populares (leia mais AQUI).
Contudo, à noite, ao comentar o caso num dos grupos de WhatsApp do Extra de Rondônia, Corá botou mais “lenha na fogueira” ao fazer uma inusitada revelação, que coloca em xeque a tal “independência” alegada pelos vereadores, dando a entender que estariam “dominados” pelo mandatário municipal.
“Uma coisa que os vereadores não observaram é que a prefeitura enviou para a sessão de hoje vários servidores, com a clara finalidade de bater palmas para a secretária. Outra coisa que ficou evidente é que pelo menos SEIS vereadores receberam ordens para elogiar a secretária”, disse o emedebista, que está no quinto mandato.
Ainda, através das redes sociais, Corá disse que “o depoimento da secretária se restringiu à choro, e defesa da base aliada com desvio de assunto, bajulação, e a me coagir”.
O comentário deve gerar reações de seus colegas de parlamento na sessão da próxima segunda-feira, 21.