De julho de 2020 a junho de 2021, foram liberados R $ 4,4 bilhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), o que corresponde a um compromisso de 81,5% dos recursos com os produtores, industriais e exportadores de café . Nessa safra, foram contratados R $ 5,42 bilhões com os agentes financeiros que operaram com o fundo.
Do total de recursos liberados, R $ 3,74 foram contratados com os mutuários, significando um índice de aplicação de 85% em relação ao assumido pelos agentes financeiros.
Operaram com o Funcafé 31 bancos e cooperativas de crédito, tendo acessado o crédito cerca de 26.700 beneficiários, em operações diretas ou através de cooperativas de produção.
As linhas de crédito destinado ao financiamento de Comercialização e de Capital de Giro foram as que têm melhor desempenho, atingindo, respectivamente, 93,2% e 92,3% do volume liberado aos agentes financeiros. Seguidas pelo FAC – Financiamento para Aquisição de café, com 85,6% e o Custeio agrícola, que aplicou o correspondente a 70% do volume disponibilizado.
O programa de Recuperação de Cafezais, nessa safra ampliou sua participação como apoio aos produtores que tiveram perdas nas lavouras com a seca que abateu sobre algumas produtoras.
“Esse movimento financeiro foi um dos melhores nas últimas safras, apesar das dificuldades no ano passado pelas limitações impostas no combate a uma pandemia. Isso mostra que o setor cafeeiro soube se adaptar a essa crise sem perder a sua dinâmica, lembrou o Diretor de Comercialização e Abastecimento da Secretaria de Política Agrícola do Mapa ”, Silvio Farnese.
SAFRA 2021/2022
Nessa safra, o Funcafé dispõe de R $ 5,9 bilhões para o setor, o que corresponde a um aumento de 8,9% em relação à safra passada. Os procedimentos de contratação com os 33 agentes financeiros que irão funcionar com o Fundo estão em fase final. Estreando este ano estão a Caixa Econômica Federal, o Banco de Brasília e a Cresol, que assinarão o contrato com o Funcafé.
Também pela primeira vez, um taxa de juro será a mesma para todas as linhas de crédito, definido em 7%. Na safra passada, os contratos da FAC e Capital do Giro para indústria operavam com 6,75%, ou um e meio pontos percentuais acima das demais, que foram de 5,25%.