Dhonatan Pagani (PSDB) e Eduardo Japonês (PV) / Foto: arquivo

A Câmara de Vilhena realizou a primeira sessão ordinária de julho na manhã desta terça-feira, 6.

Entre os diversos assuntos debatidos em plenário, um chamou a atenção dos presentes e dos internautas: a revelação de um número recorde na contratação de comissionados na prefeitura de Vilhena, num total de 675 servidores que superam despesas de R$ 12 milhões, podendo superar os R$ 13 milhões até final de 2021.

A denúncia foi levada à tona pelo vereador Dhonatan Pagani (PSDB), durante seu pronunciamento na Tribuna da Casa de Leis.

O parlamentar divulgou áudio de uma entrevista do prefeito Eduardo Japonês concedida à reportagem do Extra de Rondônia em agosto de 2018, no início do seu mandato (OUÇA NOVAMENTE O ÁUDIO AQUI).

Na ocasião, o mandatário encontrou a prefeitura com 447 comissionados (430 servidores e 17 secretários) e prometeu reduziria esse percentual em 40%, o que representaria 179.

“O prefeito prometeu reduzir em 40%. Na época tinha 400 cargos comissionados. Mas fez o contrário, aumentou em 70%: de 400 foi para 675 comissionados na prefeitura de Vilhena”, desabafou.

Pagani apresentou um relatório da contratação do número de comissionados e a despesa mensal. Ele informou que em janeiro de 2021 foram 565 comissionados; em fevereiro 458; março 620; abril: 637; maio: 664 e junho: 675.

“Esse é o recorde do ano, até o momento. Mais de 110 cargos em menos de 6 meses. Mas é pandemia e não pode-se pagar gratificação, insalubridade, não pode pagar ao enfermeiro do hospital que ganha pouco, verifiquem o valor do plantão da cozinheira do Hospital Regional”, questionou.

Ainda, o vereador apresentou a evolução dos gastos com comissionados em 2021. Segundo ele, janeiro teve gastos de R$ 908 mil; fevereiro: R$ 950 mil; março: R$ 1.074,000,00; abril: R$ 1.093,00; maio: R$ 1.150.000,00, e junho: R$ 1.159.000,00.

Ao analisar despesas anuais, ele informou que a prefeitura de Vilhena gastou R$ 11 milhões com comissionados em 2019, R$ 12.242.00,00 em 2020 e R$ R$ 6.336,00 nos seis primeiros meses de 2021, com previsão de fechar o ano com mais R$ 13 milhões.

“Tem para comissionados, mas não temos dinheiro para contratar os concursados. O Tribunal de Contas (TC) já disse que pode sim, nos setores da Educação e Saúde. É fato e contra isso não há argumentos. A prefeitura vai mostrar os ‘floreios’, de que está tudo bonito. Mas eu faço meu papel, doa a quem doer, de mostrar o que tem que ser feito. Se eu não cobrar e fiscalizar, não sirvo para nada. Inclusive, se for necessário, entraremos com representação junto ao TC para que sejam avaliados esses gastos, porque para chamar os concursados não tem”, observou.

sicoob

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