O servidor público, Caio Mendes da Silva, de 54 anos, popular “Caio Enfermeiro”, está organizando uma caravana até Porto Velho com o objetivo de discutir a criação de um projeto de lei que estabeleça um piso salarial para enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiros.
Em visita ao Extra de Rondônia na tarde desta quarta-feira 28, Caio explicou que a mobilização deve ocorrer na segunda quinzena de outubro, e passará por todos os municípios de Rondônia.
“Faremos uma caminhada até a saída de Vilhena. Lá haverá ônibus e veículos particulares, queremos que de cinco a 10 representantes de todos os municípios nos acompanhe nessa negociação, pois isso é uma luta antiga. Chegaremos em Porto Velho e acamparemos na Praça das Caixas D’água no domingo, e nos reuniremos com deputados estaduais e governador na segunda. Buscamos o reconhecimento e valorização da categoria, pois somos os únicos dentro da área de saúde que fica 24h acompanhando os pacientes durante a pandemia. Recebemos o título de heróis, mas só o título não paga as contas”, destacou.
Segundo o enfermeiro, há uma desvalorização dos profissionais de enfermagem, prova disso é o Projeto de Lei 2.564 (PL) que tramita entre o Senado e Câmara dos Deputados há 18 anos e nada é resolvido. O projeto prevê um piso salarial para enfermeiros no valor de R$ 7.315,00, técnico de enfermagem R$ 5.120,00 e auxiliares e parteiras R$ 3.657,00. Outra briga da categoria é para alteração da Lei 7.498 de 25 de junho 1986 que diminui a carga de trabalho de 40 para 30 horas.
“Até hoje já se passaram vários presidentes da república, governadores, deputados federais e senadores em Rondônia e nada foi feito. Em alguns Estados do país os deputados estaduais fizeram uma lei semelhante a essa PL, colocaram em votação e foram aprovados”, explicou.