Tabaco / Foto: Ilustrativa

O tabaco tem seu uso difundido mundo afora desde a antiguidade. Mas, com o avançar das eras, já no século XX, passou a ser concebido como um acessório de luxo e popularidade tanto entre os jovens quanto entre os adultos, tendo sua exploração aumentada, tornando-se um grande produto do mercado.

Embora o cigarro convencional tenha perdido o foco, novos tipos de consumo do tabaco se mostraram mais atraentes, como é o caso do narguilé. E essa crescente onda de tabaco nos dias atuais é justificado, principalmente pela banalização e incentivo decorrentes das mídias sociais e das interações entre amigos. Assim, pode-se associar o aumento do consumo, como sendo a soma do incentivo da indústria tabagista e a negligência do Estado e da sociedade como possíveis causas da problemática.

Convém destacar que o consumismo tão difundido é um fator determinante para que esse problema seja notado pelas pessoas. As indústrias estão apenas interessadas no lucro, não se importando com os potenciais males causados pelo seu produto na população. Foi nos anos 60 que essa popularidade se difundiu mundo afora, eternizando-se até os dias atuais, principalmente entre os jovens, que encontram no uso uma maneira de socializar de forma ativa em uma comunidade, bem como de dizer que alcançou sua liberdade e autonomia. É uma questão econômica também, pois a elite que gere o mercado se apoderou desse pensamento comum, tornado um monopólio que lucra por meio do vício. 

Outro aspecto a ser ressaltado é em relação à negligência do Estado e da sociedade como um todo, que não se opõe a esse comércio que gera tantas perdas tanto na saúde da população quanto vidas humanas. Segundo dados fornecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo se tornou um dos principais causadores de câncer no mundo, alcançando o patamar de ser a segunda maior causa de óbitos. Algo que aflige tanto quem o usa diretamente quanto indiretamente. E mesmo vindo à tona toda a problemática causada, nenhuma providência é tomada com relação a tão alarmantes resultados, provando que o descaso governamental abrange quase todo o globo, e que se não houver reação por parte da população, nada mudará e o lucro obtido sobre a morte crescerá cada vez mais.

Mesmo que os frutos desse mercado sejam omissos ao olhar social, cabe a todos contribuir para conter o avanço do problema e tornar possível a melhora da situação discutida. Desse modo, o Ministério da Educação deve, em parceria com o Ministério da Saúde, incentivar que instituições de ensino promovam debates nas escolas públicas do país por meio da interação de profissionais da saúde especializados no tema, a fim de enfatizar sobre os malefícios do consumo de tabaco em geral.

Da mesma forma, é preciso que os investimentos na saúde sejam melhor empregados, possibilitando que, em casos de tratamento, a pessoa possa ter eficácia no resultado final. Somente assim, a sociedade pode se desvincular desse caminho tortuoso que leva à destruição do bem-estar e da vida. 

Rainer Alves de Castro, aluno do 3º ano do curso técnico em agropecuária integrado, Ifro-campus Colorado do Oeste

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