Espantar a solidão e buscar consolo no mundo animal é algo que se faz muito presente no mundo atual e na realidade de muitas pessoas. Embora animais sejam, para muitos, necessários e que mereçam cuidados e proteção, crimes contra eles são vistos e praticados a todo instante, tornando-se, assim, necessário discutir ações que visem extinguir estes atos da sociedade.
Chico Xavier diz que nós, seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar. Portanto, quem chuta ou maltrata um animal é alguém que não aprendeu a amar. Essa frase diz muito sobre uma pequena parcela da população, cuja atitude covarde e desumana o torna o pior dos animais, já que este é capaz de maltratar com consciência e sem o mínimo de compaixão para com esses seres que desejam apenas amor e companhia.
Ainda que a Constituição Federal em seu artigo 32 assegure penalidade àqueles que pratiquem qualquer ato de maus-tratos aos animais, esse ainda é um grande problema a ser solucionado. A organização Mundial da Saúde (OMS) estima que só no Brasil existem mais de 30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães, evidencia-se, assim, que ainda há um grande retrocesso quando se relaciona ao bem-estar animal com o caráter humano, visto que muitos não estão preparados para oferecer o devido cuidado e optam pelo abandono.
Os crimes contra os animais estão cada vez mais em ascensão na atualidade. Contudo, cabe ao Ministério do Meio Ambiente desenvolver projetos, como campanhas e palestras para a população, com o intuito de dirimir o abandono e os maus-tratos contra esses animais. Além de que, cabe ainda, ao meio jurídico estipular normas mais severas para aqueles cuja capacidade de respeitar seres mais vulneráveis se encontra isenta.
Nubhia Ketlenn Oliveira Campos, aluna do 3º ano do Ifro-campus Colorado do Oeste